Foi a partir de um autoexame que a americana Alicia Wertez, 37 anos, percebeu um nódulo nas mamas. Ao consultar um médico e fazer alguns exames, ela recebeu a orientação de optar por uma mastectomia dupla – cirurgia que retira os seios para evitar o câncer de mama em mulheres que são consideradas parte do grupo de risco. Porém, a cirurgia resultou em um problema ainda mais devastador para a paciente e seus peitos começaram a ser destruídos por uma bactéria, chegando ao ponto de cair o mamilo.
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Pouco mais de uma semana desde a cirurgia, Alicia percebeu que algo não estava certo com seus peitos
, mesmo depois de seu médico dizer que a operação havia sido um sucesso e sua recuperação estava indo bem.
Porém, com o passar do tempo, a sensação de que sua saúde estava correndo perigo aumentou, e a aparência dos seios
ficava cada vez mais desagradável, com a pele ficando roxa e os pontos saindo pus.
Depois de ter sido examinada, seu médico chegou à conclusão de que uma infecção
estava contaminando-a e ela foi diagnosticada com fasciíte necrosante
- uma doença em que os tecidos são “comidos” por uma bactéria.
A mulher, que vive na Flórida com marido e uma filha de dez anos, contou como se sentia até receber a notícia. "Ficava horrorizada toda vez que olhava para baixo e via o estado dos meus peitos, especialmente o esquerdo”, contou ao jornal britânico Metro.
Seu tecido mamário foi completamente destruído em algumas partes, e seu mamilo esquerdo até chegou a cair durante uma mudança de curativo. "Foi um pesadelo quando percebi que meus seios estavam apodrecendo mais a cada dia, ambos estavam roxos e cobertos de manchas cheias de pus", disse ela.
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Depois de finalmente saber o que tinha, a mulher foi internada às pressas para ser submetida a uma nova cirurgia para retirar o tecido infectado. Àquela altura, os exames haviam detectado que a infecção já tinha se espalhado pelos pulmões e músculos das mamas. Com isso, os órgãos de Alicia começaram a desligar, deixando a americana à beira da morte.
Apesar de sentir que ela foi "desfigurada" por conta dos estragos causados pela condição, Alicia diz que ela é "extremamente sortuda por ter sobrevivido". Ela agora espera que outras mulheres estejam conscientes desse tipo de complicação, por isso resolveu compartilhar sua história.
Doença rara
O nome já assusta: fasciíte necrosante ou fasciíte necrótica acontece quando uma bactéria entra em contato com tecidos mais profundos da pele, e começa a “comê-la”. A doença é bastante agressiva e gravíssima, porque age rapidamente e destrói o corpo da vítima.
Embora rara, ela pode começar a partir de uma pequena lesão, como um pequeno corte. São vários os tipos de bactérias responsáveis por essa enfermidade, algumas pessoas, inclusive, podem viver com ela no corpo, sem que ela se manifeste.
Não há como prevenir a doença e nem adivinhar onde ela pode acontecer - peitos, pernas, braços, etc -, mas é importante que se tenha sempre uma atenção ao que acontece com seu corpo e manter os hábitos de higiene. Em sinais de quentura e vermelhidão na pele, procure um médico.
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