“Use filtro solar”. A famosa frase que ficou popular por conta de um vídeo que viralizou na internet no fim dos anos 1990 pode parecer clichê, mas nunca sai de moda. Apesar disso, recomendação para proteger a pele dos raios solares ainda é ignorada por muitas pessoas, o que colabora para que o câncer de pele seja o tipo de tumor mais comum do mundo.
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Elaine Sheaf é uma dessas pessoas que nunca se preocuparam em ouvir este conselho. Depois de passar mais de 40 anos pegando sol em esteiras e se bronzeando artificialmente em clínicas especializadas sem cuidados com a pele, em 2013, ela foi diagnosticada com melanoma no estágio IV - o tipo mais mortal de câncer de pele, e teve o rosto "devorado" por conta das cirurgias para retirar o tumor.
“Sempre tive a pele bem clara e gostava de ficar queimada. Eu e meus amigos costumávamos falar que ficávamos parecidos com morangos. Hoje vejo o quanto isso é estúpido”, afirma a britânica.
Na época, 18 anos atrás, ela havia percebido que uma pequena sarda, abaixo de seu olho esquerdo, na região da bochecha, tinha surgido. Era um ponto pequeno e Elaine até chegou a procurar um médio, porém, foi avisada de que não precisaria se preocupar com o sinal.
Com o tempo, ela nunca percebeu que a mancha havia aumentado de tamanho. Apenas quando encontrou um velho amigo que não via há anos, ele reparou e questionou-a sobre a pinta estar maior do que antes, o que fez com que ela se preocupasse com sua saúde.
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Consequências
Foi então que a britânica resolveu procurar um médico de confiança para investigar o que estava acontecendo. Ela recebeu o diagnóstico de câncer de pele melanoma, o mais difícil de ser curados, já que ele se dissemina para os gânglios linfáticos mais distantes e até outras áreas do corpo.
E foi exatamente isso o que aconteceu com Elaine. Após quatro anos de radioterapia intensiva e operações, foi detectado que o tumor havia contaminado seus pulmões.
Hoje, com 62 anos, a mulher já passou por 15 operações para tentar reconstruir o rosto, depois das cirurgias para remover seus tumores. Isso porque à medida que o câncer se espalhava em sua pele, os cirurgiões eram obrigados a continuar cortando pedaços cada vez maiores de seu rosto.
Os procedimentos incluíram raspagem no osso da bochecha para impedir que o tumor se expandisse e ficasse mais profundo. Agora, Elaine usa imagens de seu rosto para conscientizar as pessoas a se protegerem do sol.
"Peço às pessoas que tomem as precauções adequadas quando estiverem de férias e que não se bronzeiem por muito tempo e sem proteção”, afirma ela. “Isso pode ser fatal”.
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