Dois novos medicamentos estarão disponíveis para pacientes com Parkinson pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os fármacos Rasagilina (1mg) e Clozapina (25mg e 100mg) são as novidades terapêuticas que prometem proporcionar mais qualidade de vida aos usuários que sofrem com transtornos associados à doença.
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A medida faz parte da atualização do Protocolo de Tratamento para Parkinson feito pelo Ministério da Saúde, que já havia incorporado, em agosto deste ano, a Rasagilina . A droga, que promove a melhora da evolução clínica dos pacientes que iniciaram o medicamento na fase inicial da doença, ficará à disposição da população com Parkinson até o final de fevereiro em todas as unidades de saúde do país.
A Clozapina já era oferecida no SUS para tratamento de transtorno bipolar e esquizofrenia. Agora, o medicamento passará a ser ofertado também para controle de sintomas psicóticos das pessoas com a patologia.
Aprovada na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), a oferta dos fármacos foi um pedido da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. A portaria que renovou o protocolo sobre Parkinson foi publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de novembro.
Atualmente, para o tratamento da doença o SUS oferece sete medicamentos para o tratamento da condição. São eles: Pramipexol; Amantadina; Bromocriptina; Entacapona; Selegilina; Tolcapona e Triexifenidil. Ainda existem outros três medicamentos (Levodopa+Carbidopa, Biperideno e Levodopa), que são ofertados por meio do Programa Farmácia Popular. Esses medicamentos podem ser retirados com até 90% de desconto.
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Além disso, o sistema público de saúde ainda conta com procedimentos de implante de eletrodo e implante de gerador de pulsos, ambos para estimulação cerebral. Na lista de materiais especiais, também estão presentes o conjunto de eletrodo, extensão e gerador para estimulação cerebral.
O Brasil conta com 27 estabelecimentos habilitados pelo Ministério da Saúde em Neurocirurgia Funcional Estereotáxica 105/008 – método minimamente invasivo de cirurgia cerebral -, sendo dois habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia e 25 habilitados como Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia.
Sem cura
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população mundial acima dos 65 anos tem a doença neurodegenerativa. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema. Além das complicações motoras mais conhecidas, várias manifestações não motoras podem surgir à medida que a doença progride, inclusive os sintomas psicóticos.
Os sintomas motores mais comuns são: tremor, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão na resposta) e alterações posturais. Entretanto, manifestações não motoras também podem ocorrer, como: comprometimento da memória, depressão, alterações do sono e distúrbios do sistema nervoso autônomo. A evolução dos sintomas é usualmente lenta, e variável em cada caso.
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