Nesta segunda-feira (27), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que a nova central de regulação dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro deve começar a funcionar entre 11 e 18 de dezembro.
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Isso significa que, entre outras mudanças para a melhoria do atendimento na rede pública de saúde do Rio , os exames e cirurgias das unidades federais, estaduais e municipais de saúde serão reunidos em uma mesma fila.
A notícia foi anunciada enquanto o ministro participava de um evento de inauguração do Centro de Diagnóstico do Câncer de Próstata, do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva.
Barros afirmou que os hospitais federais do Rio receberão - a partir de dezembro - gestores e consultores do Hospital Sírio-Libanês, que participarão da reestruturação da rede. A pasta ressaltou que vai especializar os hospitais federais, o que será feito com um remanejamento dos profissionais que terão seus contratos temporários renovados.
"Estamos organizando essa rede de assistência, definindo a especialização de cada hospital para que a gente possa ter escala, volume, competitividade e mais acesso. Nossa expectativa é ampliar em 20% o numero de cirurgias com a mesmíssima estrutura que temos", declarou o ministro.
O Ministério da Saúde recebeu do Ministério do Planejamento autorização para renovar até 2 mil contratos temporários de profissionais que trabalham nos hospitais federais.
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Contratos terão vigência de mais dois anos
Os contratos terminariam em janeiro de 2018 e terão vigência de mais dois anos. Os consultores do Sírio-Libanês chegam em dezembro aos hospitais para participar do processo de especialização, que priorizará, em um primeiro momento, os serviços de ortopedia, cardiologia, cirurgia cardíaca e oncologia.
"Só vamos contratar o profissional com a especialização do hospital que será definida", explicou Barros.
A renovação dos dois mil contratos representa uma queda em relação aos 3,5 mil profissionais temporários que os hospitais tinham no ano passado, mas a pasta argumenta que a reestruturação fará com que o serviço seja ampliado, apesar da redução de pessoal.
As mudanças nos hospitais federais também levarão à realização de compras conjuntas de insumos. A unificação é defendida como uma forma de reduzir os custos, elevando o montante de materiais comprados em cada contrato.
Os diretores de hospitais federais devem assinar na terça-feira (28) o contrato de prestação de serviços para aderir à fila única da nova central de regulação. O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antônio Teixeira Júnior, prevê que a central levará até seis meses para atingir seu funcionamento pleno.
Inicialmente, as regulações estadual e municipal serão feitas no mesmo local, até que seja possível integrar todo o sistema em uma plataforma única. O órgão ocupará um espaço no Centro Integrado de Comando e Controle, no centro do Rio, onde já funciona o Central Estadual de Regulação (CER).
"Estamos falando de um número muito grande de profissionais e serviços. Isso envolve a vida de milhares de pessoas e hospitais no Rio de Janeiro", disse o secretário. "Nosso prazo é de que em até seis meses [a central] esteja completamente implementada", finalizou.
*Com informações da Agência Brasil
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