A viagem de cruzeiro de um casal britânico, que deveria ser lembrada pelas tranquilas e paradisíacas praias do Caribe, vai ficar marcada para sempre por outro motivo. Uma infecção provocada por parasitas - popularmente conhecidos como bicho geográfico -, acabou arruinando o divertimento dos dois, que tiveram complicações sérias em decorrência da doença.
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No lugar de uma pele bronzeada, o homem e a mulher do Reino Unido, que tiveram suas identidades preservadas, voltaram para casa com uma inflamação cutânea nas nádegas, causada pelo bicho geográfico - ou Larva migrans cutânea , como também é chamada a doença pelos especialistas.
A esposa, de 52 anos, notou uma "sensação de queimação" após uma viagem à ilha da Martinica, onde ela e o marido haviam tomado sol. Na manhã seguinte, ela conta que descobriu que sua parte traseira estava coberta por diversos pontos vermelhos salientes que coçavam muito.
Ela recorreu ao médico do navio, que prescreveu antibióticos e antifúngicos, mas nada disso funcionou. Dez dias depois, seu marido desenvolveu sintomas semelhantes e os dois precisaram passar com especialistas para resolver a situação que já estava ficando muito incômoda.
Os médicos do Hospital Addenbrook, em Cambridge, diagnosticaram o casal com a infecção parasitária, mas ficaram surpresos com a fonte do contágio. Uma espécie extremamente rara da larva , que normalmente só afeta cachorros ou gatos. Ambos receberam medicação usada para tratar infecções parasitárias, incluindo piolhos e sarna.
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Falta de ar
O caso chamou ainda mais atenção porque, além das erupções nas nádegas, os dois também desenvolveram pneumonia, uma inflamação dos pulmões, e os médicos disseram que poderia ter sido causada pelos ancilostomídeos, vermes que causam a condição e que teriam se infiltrado em seus pulmões.
Cinco dias depois, a mulher foi enviada às pressas para o hospital, por falta de ar e uma infecção no tórax, e mais tarde o marido desenvolveu os mesmos sintomas. Após o tratamento para a pneumonia, os dois finalmente começaram a se recuperar.
Cuidado ao ir à praia
Os parasitas das espécies Ancylostoma caninum
e Ancylostoma brasiliensis
, que causam a infecção, estão presentes no intestino e fezes de cães e gatos. As larvas infectantes se aproveitam quando um humano tem contato com as fezes desses animais, que muitas vezes estão presentes na areia das praias onde cães e gatos circula livremente, e a partir de um ferimento elas penetram no organismo. Também é possível que os parasitas perfurem a pele para adentrar no corpo humano.
Depois disso, as larvas começam a se deslocar pelo tecido subcutâneo, o que pode causar as erupções cutâneas.
A maioria dos casos dispensa tratamentos específicos, feito à base de medicamentos antihelmínticos e antiparasitários em podas e comprimidos, e as lesões somem espontaneamente, sem risco de reaparecerem. Enquanto a infecção estiver ativa, recomenda-se aplicar gelo no local para aliviar a coceira e diminuir o edema.
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