A poucos dias para o carnaval, o Governo do Estado de São Paulo irá oferecer nesta quinta-feira (8) 300 testes rápidos que podem detectar o HIV e 14 mil preservativos para quem estiver passando pela estação Jabaquara, das 8h30 às 16h.
SUS passa a oferecer medicamento que garante prevenção contra HIV
A ação faz parte da campanha da Secretaria de Estado da Saúde para aumentar o diagnóstico e prevenção do HIV /Aids nesse período do ano. Equipes do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP estarão na Plataforma A da EMTU, ofertando os testes rápidos de HIV por fluido oral e também fazendo a distribuinção de 10 mil preservativos masculinos, 4 mil femininos e 8 mil sachês de gel lubrificante.
O teste rápido é feito por meio da coleta de saliva (fluído oral) e fornece resultados em aproximadamente 30 minutos. É simples, gratuito e indolor. Além disso, é garantido sigilo ao paciente. A secretaria informa que eventuais diagnósticos positivos serão direcionados para serviços de referência da rede pública de saúde para que possa dar início ao tratamento.
“O acesso à testagem e o diagnóstico precoce contribuem para o tratamento em tempo adequado e para a qualidade de vida das pessoas com HIV/Aids . Além disso, a pessoa que tem o vírus e não sabe pode transmitir involuntariamente. É fundamental que todos com vida sexual ativa façam o teste”, explica o coordenador do Programa Estadual DST/Aids-SP, Artur Kalichman. “Apesar da queda da mortalidade entre pessoas que vivem com HIV/aids ao longo da epidemia, sete pessoas ainda morrem diariamente no estado por aids”, complementa.
A pasta ressalta que a testagem gratuita é disponibilizada durante o ano todo pela rede pública de saúde. Para saber mais sobre qual o local mais próximo para conseguir realizar o exame basta entrar em contato com o Disque DST/AIDS-SP pelo telefone 0800 16 25 50.
Leia também: A cada hora, 18 crianças são infectadas pelo vírus HIV no mundo, alerta Unicef
Importância do diagnóstico
A cada 100 mil brasileiros, 18 são soropositivos. Apesar da incidência ter diminuído 5,2% entre 2015 e 2016, hoje, cerca de 830 mil pessoas estão vivendo com HIV, sendo que 112 mil ainda não sabem disso, conforme informou o último Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, divulgado pelo Ministério da Saúde, no início de dezembro do ano passado.
Dados do último boletim epidemiológico de HIV e aids apontam que duas a cada dez pessoas infectadas com o vírus ainda não estão vinculadas a nenhum serviço público de saúde e podem não estar seguindo regularmente o tratamento para controlar a carga viral e fortalecer a imunidade contra doenças consideradas oportunistas, como a tuberculose.
“Atualmente, uma das formas mais seguras e mais assertivas de se reduzir a transmissão de HIV é diagnosticar as pessoas e colocá-las no tratamento o mais precocemente possível. Quando a pessoa está fazendo o tratamento de HIV corretamente, a circulação de vírus no sangue fica indetectável pelos métodos que temos hoje e a gente não consegue encontrar nesses casos possibilidade de transmissão”, explica o infectologista Rafael Sacramento, integrante da organização Médico sem Fronteiras.
Leia também: Casos de HIV aumentam na Europa e OMS considera ritmo 'alarmante'