O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (7), que abrirá as inscrições do programa Mais Médicos para profissionais brasileiros e estrangeiros formados no exterior. O prazo final para as inscrições acaba hoje, mas 115 vagas não foram preenchidas.
Hoje, às 23h59, terminam as inscrições do Mais Médicos para aqueles com registro no Brasil. Depois disso, um novo edital será aberto e candidatos brasileiros e estrangeiros formados no exterior, sem registro no Brasil, terão entre os dias 11 e 14 de dezembro para enviar a documentação necessária ao ministério para preencher as vagas remanescentes.
De acordo com o Ministério da Saúde , são necessários 17 documentos para validar a inscrição, entre eles, o reconhecimento da instituição de ensino onde os profissionais obtiveram o diploma.
Além das vagas que ainda estão sobrando pela falta de profissionais inscritos, mais de 300 médicos desistiram de participar do programa. Entre os motivos das desistências estão novas oportunidades e a dificuldade de conciliação com outros projetos dos profissionais.
O edital oferta, ao todo, 8.517 vagas em 2.824 municípios e 34 distritos indígenas. O governo havia divulgado que 98,5% das vagas já haviam sido preenchidas no sistema do Mais Médicos , porém, apenas 44,3% se apresentaram nos postos de saúde.
Além disso, por causa das desistências e da preferência dos profissionais pelas capitais e grandes centros, alguns estados têm dificuldades para preencher as vagas ofertadas pelo programa Mais Médicos, como o Amazonas, Piauí e, principalmente, nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs)
De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, ainda é cedo para dizer se faltarão médicos em alguns postos. "Ainda é muito cedo para dizer se vai uma ou outra região ficar sem médico, mas nós estamos monitorando isso para auxiliar os municípios e, de repente, buscar alguma alternativa junto aos estados e ao governo federal", disse.
Para ele, é natural que os profissionais optem por cidades maiores ou litoral, buscando melhor condição de vida para si próprio e para a família. "É uma dificuldade de manter esses profissionais em áreas de dificil acesso, de maior vulnerabilidade, então é por isso que veio esse programa, que incentiva e cria novas oportunidades para interiorizar o médico nessas áreas de maior vulnerabilidade." afirmou o presidente do Conasems.
Junqueira acredita que o governo conseguirá colocar profissionais do programa Mais Médicos em todas as regiões do País, mesmo com as desistências e vagas ainda não preenchidas. "Acreditamos que todas as regiões do país serão cobertas. Se não acontecer, com segundo edital do Ministério da Saúde, nós esperamos que aí sim a gente consiga fechar 100% das vagas. Incluindo aquelas que a gente está insistindo com o Ministério da Saúde desde o começo do ano, que são mais 1800 vagas, totalizando todas as unidades de básicas de saúde com médicos para assistir a nossa população." completou.