Taxa de suicídio caiu mais de 30% desde 1990
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Taxa de suicídio caiu mais de 30% desde 1990

Um estudo conduzido por um grupo de pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, revelou que o número de mortes por suicídio caiu em mais de 30% desde o ano de 1990. Mohsen Naghavi, PHD em mêtricas da saúde e responsável pela pesquisa, afirma que o número de casos saltou de 762,000 em 1990 para 817,000 em 2016.

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Apesar da elevação no número absoluto, a taxa de suicídio  diminiu consideravelmente levando em consideração ao aumento populacional. A queda nas mortes foi de quase um terço, de acordo com o estudo. A pesquisa utilizou os dados oficiais do Global Burden of Disease Study (GBD) e foi publicada no renomado jornal médico britânico The BMJ.

O documento também revelou detalhes sobre o perfil das pessoas vítimas de suicídios. De acordo com os dados, os homens são mais propensos ao suicídio que as mulheres em todas as faixas de idade, exceto entre os 15 e 19 anos. "Nessa faixa, especificamente, podemos observas que as mulheres correm risco muito maior", explica Naghavi.

Eles cometeram mais suicídios no período em todos os países do mundo, exceto na Libéria. A freada na taxa de mortos também foi menor entre os homens (23%) do que entre as mulheres (49%).

Em geral, os adolescentes, jovens e jovens adultos até os 40 anos também correm maior risco do que as pessoas que passam da meia idade.

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O estudo também listou as mortes por região e descobriu que os países com as maiores taxas de suicídio do mundo são o Lesoto (39 a cada 100 mil), a Lituania (31 a cada 100 mil) e Rússia (30 a cada 100 mil). Do outro lado do espectro estão o Líbano (2 a cada 100 mil), Síria (2,5 a cada 100 mil) e Kuwait (2,7 a cada 100 mil).

Os países que viram as maiores diminuições na taxa de suicídio foram a China (64,1%), a Dinamarca (60%) e as Filipinas (58,3%). "As mudanças obsevadas na China se dão por conta do crescimento ecônomico, da urbanização e da melhoria no acesso à saúde", concluiu o estudo. Por outro lado, o Zimbabue teve um crescimento exorbitante no número de suicídios (96%), que não conseguiu ser explicado pelos pesquisadores.

Ainda de acordo com a pesquisa, o resultado vai de encontro com os dados divulgados pelo Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre depressão. Segundo a OMS, a doença cresceu nos últimos anos e já afeta 4,4% da população mundial. Para o Dr. Naghavi, no entanto, os dados se complementa, uma vez que mais diagnósticos de depressão querem dizer que a doença foi identificada e potencialmente tradada, impedindo o suicídio .

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