O Aedes aegypti transmite dengue, zika vírus e chikungunya
Rafael Neddermeyer/fotos públicas
O Aedes aegypti transmite dengue, zika vírus e chikungunya

Um novo surto de dengue ameaça o Brasil no início de 2019. O número de casos passou de 62,9 mil nas primeiras 11 semanas de 2018 para 229.064 no mesmo período deste ano, de acordo com dados divulgadoe pelo Ministério da Saúde. A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 109,9 casos/100 mil habitantes até 16 de março deste ano. O número de mortes pela doença também teve aumento, de 67%.

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A região Sudeste apresentou o maior número de casos prováveis de dengue (149.804 casos; 65,4 %) em relação ao total do país, seguida das regiões Centro-Oeste (40.336 casos; 17,6 %); Norte (15.183 casos; 6,6 %); Nordeste (17.137 casos; 7,5 %); e Sul (6.604 casos; 2,9 %). As regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência, com 250,8 casos/100 mil hab. e 170,8 casos/100 mil hab., respectivamente.

Em relação às mortes, o aumento neste ano é de 67% em relação ao mesmo período de 2018, passando de 37 para 62 mortes. O estado de São Paulo registrou 31 óbitos, metade do total.

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A pesquisa também deu dados de outras enfermidades causadas pelo Aedes . Em 2019, até 02 de março, foram registrados 2.062 casos de Zika, com incidência de 1,0 caso/100 mil hab. Em 2018, no mesmo período, foram registrados 1.908 casos prováveis.

Já a chikungunya teve12.942 casos registrados, com uma incidência de 6,2 casos/100 mil hab. No mesmo período em 2018, foram 23.484 casos.

O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde , Wanderson Kleber, reforça que a melhor forma de evitar o agravamento e as mortes por dengue é com diagnóstico e tratamento oportunos.

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“O Brasil vem de dois anos seguidos com baixa ocorrência de dengue, portanto é necessário que os profissionais de saúde estejam atentos a esse aumento de casos de dengue . É preciso que eles estejam mais sensíveis e atentos para a dengue na hora de fazer o diagnóstico. Quanto mais cedo o paciente for diagnosticado e der início ao tratamento, menor o risco de agravamento da doença e de evoluir para óbito”, explica Wanderson.


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