Um bebê recém-nascido, de apenas 900 gramas, está sendo mantido em uma incubadora improvisada com um recipiente de plástico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Santana, no Amapá. O flagrante foi feito durante uma vistoria, na última sexta-feira (26), do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), que identificou mais de 80 irregularidades na unidade de saúde.
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Como cinco bebês precisavam de incubadora, mas apenas uma estava disponível, os médicos tiveram que improvisar com os poucos recursos disponíveis no hospital , a fim de manter os recém-nascidos vivos.
A vistoria ainda apontou infiltrações, paredes com mofo, torneiras danificadas, fiações elétricas expostas, aparelhos quebrados e falta de remédios, equipamentos e profissionais. Além disso, há superlotação e muitos pacientes recebem atendimento sentados em bancos de madeira nos corredores da unidade.
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Segundo os conselhos, o Governo do Estado do Amapá (GEA) recebeu o relatório com os apontamentos, que também será enviado ao Ministério Público do Amapá
(MP-AP) e ao Ministério Público Federal (MPF). Em nota, o GEA informou que investe em reformas estruturais e que demanda reforço de profissionais na unidade.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) também se pronunciou alegando que, dentro da capacidade financeira orçamentária, tem realizado reformas nos setores do hospital, reforços de servidores de enfermagem, além de ter adquirido nova mobília e equipamentos hospitalares.
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Apesar disso, a situação no hospital é antiga e os conselhos não preveem mudanças. No final do ano passado, pacientes chegaram a flagrar banheiros sujos, papéis no chão e piso com lama. Além da unidade de Santana, as mesmas dificuldades são encontradas no Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima – o maior do Amapá; no Pronto-Atendimento Infantil (PAI) e no Hospital de Emergência em Macapá, capital do estado.