Uma mulher grávida faleceu no último sábado, no banheiro do Hospital Público Santo Antônio, no bairro da Penha. De acordo com reportagem divulgada pela Record TV, a vítima, Tatiane da Silva, faria o parto na última quarta-feira (11), mas passou mal.
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Segundo a família de Tatiane, o hospital foi negligente. A principal acusação é a de que a equipe médica recusou uma cesariana, mesmo após solicitações da gestante , cuja gravidez já contava com mais de 40 semanas. A espera pelas condições ideias do parto natural, porém, teria causado sua morte.
Ainda de acordo com a emissora de TV, as enfermeiras aconselharam que ela tomasse um banho para aliviar o desconforto, mas a mulher morreu no banheiro do hospital. A cesariana foi feita às pressas e o bebê encaminhado para a UTI neonatal do hospital.
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No mês passado, foi aprovado em São Paulo o Projeto de Lei que permite que gestantes a partir da 39º semana de gravidez escolham a cesárea no SUS. Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma recomendar a modalidade apenas “quando medicamente necessárias ”.
A Beneficência Portuguesa de São Paulo, responsável pela administração do Hospital Santo Antônio, afirmou em nota que "lamenta profundamente o ocorrido e esclarece que já fez contato com a família da senhora Tatiane Lourenço da Silva, respeitando as diretrizes legais, para disponibilizar o prontuário médico (documento que registra todas as informações sobre a assistência prestada a paciente). No entanto, em respeito à ética e ao sigilo médico, a instituição não comenta publicamente qualquer caso envolvendo clientes de seus serviços de saúde".