Um homem de 50 anos morreu no estado norte-americano do Kansas. De acordo com as fontes oficiais do país, a morte é a segunda do estado relacionada ao uso de cigarro eletrônico - conhecido como vape - e à misteriosa doença pulmonar que já vitimou nove pessoas apenas nos Estados Unidos.
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Agora, os órgãos de saúde dos Estados Unidos investigam os componentes presentes nos vaporizadores para entender a maneira como a doença pulmonar é transmitida. Por enquanto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) desaconselha o uso do dispositivo em qualquer situação, ao mesmo tempo em que o governo discute proibí-lo.
Por ser um produto utilizado há muitos anos e que só agora apresenta casos de doenças relacionadas ao seu uso, a principal suspeita é de que haja uma nova substância entre as inaladas com o vape. Até o momento, as entidades acreditam que seja o acetato de vitamina E, muito usado em essências - ou juices - de THC .
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Os sintomas da inflamação pulmonar envolvem febre alta, fadiga, tosse, dores abdominais, náusea e vômitos. No primeiro momento, a doença é facilmente confundida com uma pneumonia bacteriana.
No Brasil, o vape é proibido desde 2009, medida que compõe a política antifumo do país. Apesar disso, o produto é facilmente encontrado no mercado clandestino - tanto nas ruas quanto na internet - sob o apelo de que seria uma alternativa “mais saudável” ao cigarro convencional.
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No início deste mês, o primeiro caso de internação relacionada ao dispositivo foi registrado no país. A vítima foi o publicitário Pedro Ivo, de 29 anos, que sofreu um derrame de líquido na pleura, membrana que recobre o pulmão . Após o procedimento, Pedro publicou um apelo aos seus amigos no Instagram: “A vida me ligou um sinal vermelho e disse chega!”, disse o texto.