Conviver com a síndrome de Down pode trazer dificuldades, mas não é um fator determinante para a vida. Nascido em 1945, o inglês Georgie Wildgust foi diagnosticado com a síndrome numa época em que a ciência apontava que a expectativa de vida desses indivíduos seria de, no máximo, 22 anos. Em agosto deste ano, ele comemorou o seu aniversário de 77. 

Georgie foi diagnosticado com síndrome de Down em 1945
Reprodução/BBC News
Georgie foi diagnosticado com síndrome de Down em 1945

Georgie é a prova de que pessoas com a síndrome podem ter uma vida longa, saudável e independente. De acordo com a rede BBC, que exibiu uma reportagem sobre ele, a longevidade se deve principalmente à atenção que ele recebeu da família e amigos. Terapia física, ocupacional, treino de oralidade e avanços da ciência foram seus aliados por quase oito décadas, garantindo sua qualidade de vida.

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Atualmente, o inglês vive com outros 12 residentes numa casa de apoio que recebe pessoas que convivem com a alteração genética . A mudança foi necessária após o falecimento da mãe, com quem esteve durante a maior parte da vida. 

“A mãe de Georgie sempre disse que ele poderia fazer tudo que quisesse e, por isso, ele cresceu muito independente, sem aceitar ordens ou limitações. Acreditamos que esse seja o principal motivo para que a sua longevidade”, Disse Javine Lacey, cuidadora e responsável pela casa, à BBC.

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De acordo com ela, os hobbies preferidos do inglês envolvem pintar, desenhar, cantar e sair para jantares à noite. Wildgust também frequenta aulas de teatro uma vez por semana e gosta de ir à praia comer peixe, batata frita e sorvete. “Sempre que venho trabalhar, sei que ele vai arrancar o sorriso de mim. Ele tem uma relação de amizade com todos ao redor”, conta. 


Entenda a síndrome de Down

Também conhecida como trissomia do cromossomo 21, a síndrome de Down acontece quando há um erro na divisão celular durante a fase embrionária. Nesse caso, em vez de dois cromossomos no par 21, os portadores possuem três. 

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Na vida prática, essa alteração representa algumas necessidades especiais e peculiaridades como hipotonia - diminuição da rigidez dos músculos - e dificuldades cognitivas. 

É essencial que os bebês com síndrome de Down sejam acompanhados desde cedo com exames que ajudem a identificar fragilidades e predisposição para algumas doenças, além de terapias que facilitem o seu desenvolvimento. Assim, com o tratamento adequado, a síndrome pode ter um impacto mínimo na vida da criança. 


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