A jovem britânica Molly-Rose Taylor, de 19 anos, sofre de uma condição rara chamada útero didelfo. Uma má formação uterina marcada pela presença de dois hemiúteros, colo duplo e, na maioria das vezes, duas vaginas .
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A condição causa dores intensas durante a menstruação. De acordo com entrevista ao portal DailyMail , apesar das constantes queixas ao ginecologista, a adolescente diz que os médicos passaram oito anos para descobrir o diagnóstico.
Desde os nove anos de idade, quando teve sua primeira menstruação , Molly-Rose diz viver cólicas excruciantes durante esse período, que frequentemente a faziam desmaiar. “Nas minhas primeiras reclamações, os médicos disseram que as dores eram devido ao fato de o meu corpo ainda ser muito jovem para suportar a menstruação”, conta.
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A adolescente, que possuía uma membrana com cerca de 2cm dividindo sua vagina de forma longitudinal, diz que começou a desconfiar de que alguma coisa coisa estava errada quando, ao usar absorventes internos, o sangue continuava saindo durante a menstruação. “De toda forma, como eu era muito jovem, achei que fosse normal”, diz.
Descoberta da condição
“Só quando me tornei sexualmente ativa com o meu então namorado comecei a me preocupar. As transas eram quase impossíveis e incrivelmente dolorosas”, conta. Foi então que ela começou a pesquisar sozinha sobre o assunto e se encontrou nos sintomas do útero didelfo.
Após descobrir sobre sua condição, ela diz que lamenta a falta de conscientização sobre o útero didelfo . “Não havia folhetos para eu ler ou pessoas que me dissessem o que eu tinha de errado”, aponta.
Após solicitar - sem ajuda dos médicos - um exame intravaginal específico, Molly-Rose diz que demoraram apenas 10 minutos até que a membrana fosse descoberta. “Eu fiquei muito feliz de finalmente saber a causa disso tudo”, conta.
As dores de Molly-Rose acontecem porque, de acordo com ela, “era como se fossem duas menstruações de uma vez”. A garota também diz tomar comprimidos anticoncepcionais desde os 12 anos de idade para tentar aliviar o fluxo e os sintomas.
Em agosto de 2017, ela fez uma cirurgia para a remoção do septo longitudinal no Hospital Universitário de Londres. A jovem, porém, preferiu não remover os órgãos reprodutivos por acreditar que a cirurgia faria “mais mal do que bem”.