O Brasil entrará no ano de 2020 em uma situação de infestação de Aedes aegypti —o mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chicungunha— menos grave do que aquela registrada no final do ano passado.
Segundo o Ministério da Saúde, de 2018 para 2019 o número de cidades consideradas em situação de "risco" caiu de 9% para 6% (507 para 428 cidades), e o número com nível "satisfatório" subiu de 48% para 55% (2.628 para 3.035 municípios).
Os dados foram captados pelo programa LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti ) em novembro e constam do último boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).
O único estado em que a média dos municípios se encontra em risco é o Acre, apesar de muitas cidades no Nordeste estarem individualmente numa situação ruim. A SVS não divulgou ainda os dados discriminados por município, apenas um resumo geral.
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O LIRAa considera "satisfatório" um município em que menos de 1% dos imóveis visitados apresenta infestação, "em alerta" aqueles entre 1% e 4% de infestação, e "em risco" todos aqueles com mais de 4%.
Minas lidera em dengue; Rio, em chicungunha
Apesar de o Sudeste apresentar de modo geral uma situação boa no que tange a infestação neste fim de ano, a região registrou muitos casos de arboviroses ao longo de 2019. Minas Gerais foi o campeão de casos de dengue, e Rio de Janeiro de chicungunha.
Os técnicos do LIRAa avaliam também o tipo de local onde têm se encontrado os criadouros do mosquito Aedes aegypti . Os depósitos de água para consumo humano, como caixas d'água, são aqueles que mais abrigam focos do Aedes (48%).
Corpos de água naturais, como açudes e outros com água parada, foram 32%. Depósitos passíveis de eliminação, como pneus, lixo e entulho, foram 20%.
O Ministério da Saúde afirma que, dentro de alguns dias, deve divulgar o detalhamento do LIRAa nacional por município. Como a responsabilidade de realizar o levantamento é das prefeituras, muitas cidades já divulgaram seus números localmente.