A proibição à entrada de visitantes em alas hospitalares do Distrito Federal onde houver pacientes diagnosticados com o novo coronavírus (Covid-19) internados agora é lei. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal publicou, hoje (11), no Diário Oficial, uma portaria que veda o ingresso de visitantes nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) ou em qualquer outra unidade de internação onde haja pessoas isoladas devido à doença.
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A medida visa a conter a proliferação do novo coronavírus. Assinada pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto, a Portaria nº 146 leva em conta o Plano de Contingência Distrital, de fevereiro; as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Decreto Distrital nº 40.475, do último dia 28, que instituiu situação de emergência na saúde pública no Distrito Federal.
Casos
Até esta manhã, a Secretaria de Saúde confirmava a existência de dois casos da doença no Distrito Federal. Trata-se de um casal. A mulher, de 52 anos de idade, manifestou os primeiros sintomas da doença logo após retornar de uma viagem ao Reino Unido, no fim do mês passado. Ela foi atendida em um hospital particular da capital federal no dia 4 de março e encaminhada para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), público, no dia 6, com febre, tosse persistente e secreção nasal. Ela continua internada na UTI do HRAN.
A paciente chegou a receber a visita do marido quando já estava internada na unidade de tratamento. Antes mesmo de manifestar os sintomas típicos da doença, que se confundem com o de outras gripes, o homem, de 45 anos de idade, foi incluído entre os casos suspeitos de infecção pelo coronavírus , devido ao contato direto com a esposa. Ainda assim, ele continuou indo ao hospital a fim de ver a esposa, desrespeitando orientações médicas . Na segunda-feira (9), a Secretaria de Saúde proibiu o hospital de permitir visitas à paciente.
A infecção do homem foi confirmada ontem (10) à noite. Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que ele está em bom estado de saúde e sendo monitorado em sua própria residência. Ainda segundo a pasta, não há, até o momento, indicação de internação hospitalar.