Um estudo publicado na Holanda traz uma nova fonte de preocupação atrelada à pandemia do novo coronavírus ( Sars-CoV-2 ). De acordo com a pesquisa, que investigou 1.300 pacientes em países europeus, os traumas físicos e psicológicos após um tratamento na Unidade de Terapia Intensiva pode durar até um ano após a saída do paciente.
O estudo entrevistou os pacientes no momento inicial após a saída do hospital e, novamente, 5 anos depois. O mesmo aconteceu com as famílias e acompanhantes, que relataram sintomas e mudanças de comportamento que possam traçar um quadro em comum.
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Sete a cada 10 pacientes relataram sintomas moderados ou intensos entre fadiga, indisposição, dificuldade de concentração e aumento perceptível em crises de ansiedade. A síndrome , inclusive, tem nome: “Síndrome do pós-tratamento intensivo”.
As causas são diversas e podem ser atribuídas desde aos medicamentos utilizados durante o tratamento até a relação com experiências de quase-morte, que podem gerar traumas psicológicos . Com o aumento no número de pacientes graves gerados pela pandemia no mundo, a preocupação é de que a síndrome seja um grande problema nos próximos meses.
“Para nós parece óbvio que pacientes graves de Covid-19 ainda podem sofrer de muitos sintomas residuais após o tratamento”, defende o coordenador do projeto, Mark Van der Boogard.