Nesta quarta-feira (15), em entrevista à GloboNews , Soraia Smaili, reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), falou sobre o registro da vacina contra a Covid-19 , desenvolvida pela Universidade de Oxford , e testada no Brasil. Segundo ela, a medicação pode acabar disponibilizada apenas em junho de 2021.
Ao todo, 50 mil pessoas participam dos testes de Covid-19
em todo o mundo, 10% delas no Brasil: 2 mil em São Paulo, 2 mil na Bahia e outras 1 mil no Rio de Janeiro. O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Unifesp coordena a aplicação da vacina em São Paulo, que começou em junho com voluntários da área da saúde.
"Com a quantidade de pessoas que estão recebendo a vacina no mundo, é possível que tenhamos resultados promissores no início do ano que vem e o registro em junho", afirma Soraia Smaili, reitora da Unifesp.
A universidade de Oxford conseguiu reduzir de 18 para 12 meses o período de testes da Fase 3, última etapa dos estudos, por ser uma vacina emergencial.
Neste estágio, parte dos voluntários recebe a vacina e parte recebe placebo, sem que saibam em que grupo estão inseridos, o que é conhecido como "duplo-cego". Os voluntários serão acompanhados por um ano.
"A vacina de Oxford é uma candidata bastante forte e está bem avançada, [mas] é preciso respeitar o tempo do estudo. E precisa ter os resultados, pelo menos, dos 6 primeiros meses, pra saber qual o conjunto dos resultados", explica Smaili .