Covid-19
NIAID
Novo estudo sugere que meta da OMS de "vacina universal" é possível

À medida que o coronavírus se espalha, novas mutações no material genético do vírus surgem, dando origens a diferentes linhagens do patógeno. Por causa disso, cientistas questionam se uma única vacina seria capaz de proteger contra todas as variedades do vírus, mas um novo estudo sugere que a meta da  vacina "universal" contra a Covid-19 é algo possível.

Ao analisarem mais de 18 mil amostras do novo coronavírus , cientistas da Universidade de Tufts, em Massachusetts (EUA), concluíram que a maior parte das mutações que o vírus acumula não ocorre em áreas essenciais, aquelas que codificam as proteínas usadas para infectar células humanas e sustentar a reprodução viral.

Disponível na edição mais recente da PNAS, revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA, a análise, que contou com o trabalho de 11 médicos, é a mais ampla já registrada do gênero, feita a partir de base de 18.514 genomas. E mostrou que o vírus sofre poucas mutações nos pontos essenciais do código genético.

"Analisamos as sequências de Sars-CoV-2 amostradas desde o início da pandemia e descobrimos que as mutações foram raras, indicando que as vacinas candidatas em potencial deveriam abranger todas as variantes circulantes", informa trecho do artigo.

A dinâmica evolutiva do vírus é caracterizada pela análise de sequência virais testadas a partir de indivíduos que foram infectados. E a evolução, por sua vez, é impulsionada por mudanças genotípicas e fenotípicas em sua proteína de superfície. No caso da Covid-19, é a proteína S (abreviação de espícula, do inglês spike), entrada do Sars-Cov-2 para invadir as células humanas e, também, método de imunização, ao produzir anticorpos.  

Segundo a pesquisa, a evolução neutra pode explicar as raras mutações vistas nos genomas do Sars-CoV-2. No caso da proteína S, uma mutação específica se tornou consenso, a D614G. Mas não há evidências de mutações afetando a ligação ao receptor ACE2, principal acesso da doença na célula.

"Nossos resultados sugerem que, até o momento, a diversidade limitada observada no Sars-CoV-2 não deve impedir que uma única vacina forneça proteção global".

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