O governo da República Democrática do Congo declarou nesta quarta-feira (18) o fim da 11ª epidemia do vírus ebola no país.
O surto infectou pelo menos 119 pessoas, além de 11 casos prováveis, e deixou 55 mortos desde 1º de junho, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Estou feliz em declarar solenemente o fim da 11ª epidemia do vírus ebola na província de Equador", disse o ministro da Saúde, Eteni Longondo. Esse foi o segundo surto contido pelo Congo apenas neste ano.
O primeiro havia começado em agosto de 2018, na província de Kivu do Norte, e durou até 25 de junho passado, com saldo de cerca de 3,5 mil casos e 2,3 mil óbitos. A epidemia em Kivu do Norte foi o maior e mais mortal foco de ebola nos 60 anos de história da RDC.
Em termos globais, só não foi maior que a epidemia ocorrida entre 2014 e 2016, que matou 11,3 mil pessoas, quase todas na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa, na África Ocidental. Para declarar o fim de um surto, é preciso esperar 42 dias sem novos casos, período que representa dois ciclos de incubação do vírus .
Causador de uma febre hemorrágica altamente contagiosa e letal, o ebola é endêmico na RDC, mas já existe uma vacina para combatê-lo, o que ajudou a conter os dois surtos deste ano.