União Europeia pede para AstraZeneca respeitar prazos de entrega de vacinas
Rovena Rosa/Agência Brasil
União Europeia pede para AstraZeneca respeitar prazos de entrega de vacinas

 Em um telefonema na manhã desta segunda-feira (25), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu para o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, garantir uma "entrega pontual" das vacinas contra o novo coronavírus Sars-CoV-2.

"A UE espera que a AstraZeneca explore toda a flexibilidade em termos de capacidade de produção, para honrar os compromissos e entregar as doses de vacina necessárias o mais rápido possível", especificou o porta-voz Eric Mamer sobre o telefonema.

Sobre a possibilidade de que, para superar os problemas de capacidade de produção, as vacinas possam ser produzidas em fábricas de outras empresas, o porta-voz explicou que "essa é a política das empresas e cabe a elas decidir se o fazem ou não".

A AstraZeneca, que desenvolveu sua vacina em parceria com a Universidade de Oxford, já havia informado na última sexta-feira (22) que não conseguirá cumprir as metas combinadas pelo menos até o final de março por causa da produção reduzida em uma fábrica na Bélgica.

"Os volumes iniciais serão mais baixos do que se imaginou originalmente devido à produção reduzida em uma instalação de fabricação de nossa cadeia de suprimento europeia", diz o comunicado.

A Itália está entre os países afetados pela falta de doses e teve de reduzir o uso diário das ampolas anti-Covid, além de repensar todo o seu plano de vacinação por conta dos problemas de abastecimento. O premiê italiano, Giuseppe Conte, inclusive, ressaltou que tomará medidas legais porque a situação é uma grave violação dos contratos. Tanto a AstraZeneca - que ainda não teve o imunizante aprovado, mas já anunciou o atraso - quando a Pfizer estão com problemas para distribuir as vacinas.

Hoje, em declarações ao Conselho da UE, o chanceler da Itália, Luigi Di Maio, voltou a falar sobre as dificuldades que o governo italiano está enfrentando para receber as doses.

"Recentemente tivemos dificuldades nas entregas semanais de vacinas. Gostaria de referir a necessidade de os fabricantes assumirem total responsabilidade pela entrega direta e tardia das vacinas aos Estados-membros. É um processo muito delicado e contamos com constantes acompanhamento pela Comissão", afirmou Di Maio.

A expectativa é de que ainda hoje representantes da União Europeia se reúnam com executivos da AstraZeneca para pedir esclarecimentos sobre o atraso anunciado.

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