Manaus viveu uma crise por falta de oxigênio em janeiro
Alex Pazuello/Fotos Públicas
Manaus viveu uma crise por falta de oxigênio em janeiro

O prefeito de Manaus , David Almeida (Avante), disse que a população pode "esperar o pior" após a capital do Amazonas ser fortemente atingida com uma variante do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Para Almeida, as flexibilizações no estado determinadas pelo governador Wilson Lima (PSC) estão sendo muito rápidas. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo .

Nesta sexta-feira (5), Lima disse que iria ampliar os horários de abertura de lojas em geral, shoppings e restaurantes.

Em Manaus, a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para Covid-19 está em 88% e cem pacientes ainda estão na fila por uma vaga nos hospitais públicos. Em janeiro, a capital com a falta de oxigênio para pacientes e muitos deles chegaram a morrer asfixiados.

Almeida diz que a nova variante é incontrolável, mas avisa que as pessoas "esperem o pior, esperem o que vocês nunca viram".

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"Uma pessoa que ficava dez dias internada agora fica 30. A variante tem muito mais contágio, é muito mais forte. As pessoas ficam mais tempo em UTI e represa toda a demanda. É por isso que as pessoas ficam em corredores, macas e ambulâncias", afirma Almeida.

"Sem vacina eu temo por terceira, quarta, quinta onda. Porque não tem controle da nova variante, não", completou.

Ainda de acordo com o prefeito, ele vê com preocupação a possibilidade de acontecer com o resto do Brasil o que se passou em Manaus. Para ele, nesse momento, só medidas restritivas podem salvar.

"Se não fechar tudo, vão passar pelos mesmos problemas de Manaus", explica. "O que aconteceu em Manaus vai acontecer no Brasil se as regras de distanciamento não forem respeitadas."

Almeida também comentou que o único tratamento precoce que existe é o isolamento. "Só tem um tratamento: distanciamento social. Se tem tratamento precoce é o isolamento. Vejo com muita preocupação a situação do restante do país. Espero que não aconteça o que aconteceu em Manaus, que foi muito, muito por desobediência ao distanciamento, pouco uso de máscara. As pessoas só vão sentir na pele quando estiverem com alguém próximo precisando de atendimento e não conseguir. Estamos aprendendo pela dor", afirma.

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