O governador João Doria (PSDB) afirmou na manhã desta quarta-feira que o estado deverá adicionar "medidas adicionais" na tentativa de conter o ritmo de transmissão do coronavírus em meio a um crescimento contínuo no número de casos e internações.
O governador afirmou que o quadro é gravíssimo tanto no estado quanto no restante do país e que novas medidas serão adotadas. "Hoje, o Centro de Contingência tem uma reunião pela manhã e na entrevista coletiva anunciaremos quais serão as medidas adicionais que certamente terão que ser adotadas", afirmou.
O estado de São Paulo já está desde segunda-feira na chamada "fase emergencial", com restrição ao funcionamento de comércios e à circulação de pessoas. Entretanto, nos últimos dias foram registradas aglomerações sobretudo no transporte público da capital paulista.
O Centro de Contingência da Covid-19, grupo de cientistas que faz as recomendações de políticas ao governo paulista, está reunido até as 11 horas, quando deverá apresentar novas recomendações para conter a doença.
"Falta a decisão final do Centro de Contingência do Covid-19. Volto a dizer: não nos pautamos por nenhum tipo de pressão, nem da economia, nem a política, nem da imprensa, e sim a orientação da saúde", afirmou o governador João Doria.
Nesta terça-feira, São Paulo conseguiu um novo recorde de óbitos em um dia, com 679. O crescimento ocorre enquanto todo o sistema de saúde no estado e no país caminha para o colapso nas próximas semanas caso o crescimento de internações persista.
"O quadro é gravíssimo, em São Paulo e em todo o Brasil. E continuamos sem uma coordenação nacional. Cada estado brasileiro está heroicamente fazendo o que pode, governadores, prefeitos e prefeitas, para preservarmos vidas", disse.
O governador participou nesta manhã da entrega de mais 2 milhões de doses da CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Com esse novo carregamento, que será enviado ao Programa Nacional de Imunizações, o total de vacinas disponibilizadas pelo Butantan chegará a 22,6 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro.
O contrato entre o Ministério da Saúde e o órgão prevê a entrega de 46 milhões de doses até abril e outras 54 milhões até agosto.