O governo de São Paulo e o Instituto Butantan anunciaram, nesta sexta-feira (26), a Butanvac, uma vacina desenvolvida 100% por cientistas do instituto. "Vacina do Brasil é fruto do trabalho da luta e da perseverança (...) essa vacina foi desenvolvida integralmente por cientistas do Instituto Butantan", disse o governador João Doria (PSDB).
O Instituto Butantan vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa)
o início da fase de testes ainda nesta sexta-feira (26).
O instituto vai pedir hoje autorização à Anvisa para realizar teste em humanos. "Os testes começam já agora no mês de abril, desde que Anvisa autorize", afirmou Doria.
"Protocolaremos esse material ainda hoje e vamos dialogar intensamente com a Anvisa para que ela perceba a importância da autorização do início desses estudos clínicos o mais rapidamente possível, para que possamos em um mês e meio, dois meses e meio, terminar essa fase de avaliação clinica e iniciar a produção", disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover uma resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, até 9.000 pessoas irão participar e a etapa vai conferir a eficácia do imunizante. Os resultados dos testes pré-clínicos realizados com animais se mostraram promissores, o que permite evoluir para estudos clínicos em humanos, segundo o Butantan.
Ainda segundo o diretor Dimas Covas, o imunizante
começou a ser desenvolvido em março de 2020 e utiliza tecnologia 100% brasileira. Para a produção da ButanVac, o instituto deverá usar tecnologia já disponível em sua fábrica de vacinas contra a gripe,
a partir do cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos.
"Essa vacina será integralmente produzida aqui, nós não dependeremos de nenhum insumo, da importação de nenhum insumo, é uma tecnologia que já existe. Essa tecnologia é a mesma que é usada para a produção da vacina da gripe", disse.
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O Objetivo é ter 40 milhões de doses prontas até o fim de 2021 para distribuição nacional. A expectativa é de que a Anvisa autorize o início dos testes em abril e, já em julho, o Brasil tenha uma vacina 100% nacional pronta para ser aplicada em todo o país.
O Desenvolvimento não vai mudar cronograma da Coronavac, hoje envasada pelo Butantan com insumos da China.
Outros testes
Além do Brasil, a Butavac
também será testada no Vietnã e na Tailândia,
onde a fase 1 já foi iniciada.
O governador João Doria também afirmou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) também receberá, nesta sexta-feira (26), todas as informações da Butanvac, para que acompanhe o desenvolvimento do imunizante.