Um médico de Assis, cidade do interior de São Paulo, fechou um acordo com o Ministério Público e pagará uma multa de R$ 15 mil por tomar, por conta própria, doses de vacinas contra a covid-19 produzidas por laboratórios diferentes. O valor será doado para a Santa Casa local.
Oliveiro Pereira da Silva Alexandre foi alvo de inquérito civil, que apurou se ele teria violado princípios da administração pública, como o da moralidade. O caso tornou-se público após o próprio médico publicar um vídeo na internet onde afirmava que tinha tomou uma dose da CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac, e outra da vacina da AstraZeneca/Oxford.
As vacinas teriam sido tomadas com menos de uma semana de diferença entre elas, o que é contrário aos protocolos de vacinação do Ministério da Saúde. Após a repercussão negativa, o vídeo foi apagado.
A confirmação do ato foi feita pela própria Prefeitura de Assis, que apontou que as doses foram aplicadas com intervalo de 4 dias. O médico recebeu a dose da CoronaVac em 29 de janeiro, no Hospital Regional. Já a 2ª dose, da AstraZeneca, foi aplicada em 2 de fevereiro.
Em um novo vídeo postado nas redes sociais, o acusado disse que tomou a segunda dose, da AstraZeneca, "porque a vacina teria sobrado e seria descartada". Com o acordo, o médico reconheceu que praticou uma ilegalidade e vai pagar a multa para não ser processado por improbidade administrativa.