Escassez do kit intubação atinge 75% dos hospitais privados, segundo associação
Foto: Tempura/iStock
Escassez do kit intubação atinge 75% dos hospitais privados, segundo associação

Um levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) divulgado nesta quarta-feira (7), chama atenção para o alto risco de escassez na maior parte das 88 unidades de saúde que integraram a pesquisa. Segundo os dados coletados, 75% destas instituições só têm garantido, por mais cinco dias, o abastecimento de insumos para pacientes com Covid-19. De acordo com a Anahp, os principais itens em falta são oxigênio, anestésicos e os medicamentos do chamado "kit intubação".

As instituições privadas de saúde com abastecimento crítico de oxigênio estão, segundo o levantamento, em Belém (PA), Belo Horizonte (BH), Blumenau (SC), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Nestas cidades, 62,5% dos hospitais afiliados responderam que estão com estoque de até uma semana.

Já em relação aos anestésicos, 23 hospitais participantes também contam com estoque inferior ou igual a cinco dias. Eles são de cidades como Atibaia (SP), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Bento Gonçalves (RS), Blumenau (SC), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Cariacica (ES), Ipatinga (MG), Joao Pessoa (PB) e Niterói (RJ), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP) e Serra (ES).

Quanto aos medicamentos que compõe o chamado “kit intubação”, como anestésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares, essenciais para o tratamento das pessoas em estado mais grave da doença, o levantamento verificou que eles estão escassos em instituições de saúde dos mesmos locais já mencionados com falta de anestésicos, incluindo ainda as cidades de Cariacica (ES) e Juiz de Fora (MG), totalizando 27 hospitais privados em situação crítica, com estoque igual ou inferior a cinco dias.

Em relação à disponibilidade de ventiladores para atender a demanda, nove das 88 instituições afirmaram que não possuem equipamentos suficientes, aponta a pesquisa da Anahp.

Como estratégia, os associados definiram passaram a importar os produtos em falta, em caráter emergencial, com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Diante do cenário crítico, a associação ressalta que realiza levantamentos constantes entre os seus associados, com o intuito de identificar aqueles que apresentam cenários mais graves em relação à falta de insumos.

Assim, consegue informar o Ministério da Saúde sobre o desabastecimento dos insumos e contribuir com seus afiliados, reforçando o objetivo de enfrentar a doença e salvar vidas", avaliou a Anahp.

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