A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou recentemente a criação de uma vacina brasileira contra Covid-19, a terceira após a ButanVac e a da USP de Ribeirão Preto. Agora, voluntários humanos vão começar a serem recrutados para os testes. São esperados cerca de 40 mil para receberem a vacina.
A expectativa do Centro de Tecnologia em Vacinas (CTVacinas) é concluir os testes até o fim do ano para que a vacina esteja pronta em 2022. Para os testes iniciais a instituição de ensino vai receber cerca de R$ 30 milhões. O recurso foi aprovado em reunião da Assembleia Legislativa de MG.
Na última semana, foram iniciados os testes dos imunizantes em macacos. Os resultados da vacina até o momento são considerados satisfatórios e a próxima fase é o ensaio clínico com voluntários humanos.
Testes da vacina com voluntários humanos
“As pessoas acham que são valores altos (R$ 30 milhões), mas se compararmos com o preço da tecnologia que temos importado, inclusive vacinas que estão escassas e que a gente não consegue ter acesso a elas, é estrondosa a diferença do preço da tecnologia nacional”, disse a reitora da UFMG, Sandra Goulart, na Assembleia Legislativa.
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Esses ensaios serão divididos em três fases. A fase 1 tem como objetivo demonstrar segurança do imunizante. A 2 a taxa e imunização e a 3 finalmente mostra a eficácia. As duas primeiras etapas envolvem cerca de 500 candidatos. Já a 3 envolve de 30 a 40 mil voluntários para testarem a vacina.
A vacina da UFMG é uma das três vacinas brasileiras em testes atualmente. A primeira delas a ser anunciada é a ButanVac, feita pelo Instituto Butantan, em São Paulo. A segunda é desenvolvida pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP).