O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que a pandemia de Covid-19 no estado está "sob relativo controle". De acordo com ele, os casos de pessoas infectadas pela doença diminuíram devido às medidas restritivas adotadas pelo governo.
"Eu diria que [a pandemia] está sob relativo controle, porque nós conseguimos, graças às medidas do Plano São Paulo
uma redução no número de pessoas infectadas e, consequentemente, menor ocupação nos chamados leitos primários dos hospitais públicos e privados, e uma menor ocupação também nos leitos de UTI [unidade de terapia intensiva]", disse Doria em entrevista à agência de notícias Reuters
, publicada nesta quinta-feira (22)
Segundo ele, se os números continuarem nessa tendência de queda, o estado voltará à fase laranja após a fase de transição, fazendo com que as restrições deixem de ser adotadas em São Paulo e sejam analisadas regionalmente. "Essa possível nova etapa, nós não sabemos ainda, temos ainda um período para cumprir, pelo menos uma semana toda, mas já se sabe que, se formos para a fase laranja, voltaremos para a análise regional". A chamada fase de transição começou a valer no estado desde o último domingo (18) e deve ser mantida até a próxima sexta-feira (30). Durante esse período, São Paulo passa por um momento de flexibilização, que, segundo Doria, está sendo monitorado pelas autoridades de saúde.
Assim como em outras ocasiões, Doria também criticou a atuação do governo federal no enfrentamento da pandemia . A requisição feita pelo Ministério da Saúde para centralizar a distribuição de remédios usados na intubação de pacientes – que estão em falta ao redor do país – foi um "gravíssimo erro", de acordo com ele. "O Ministério da Saúde não fez a aquisição dos medicamentos e impediu que Estados, municípios e hospitais privados pudessem ter acesso a esses produtos", afirmou.
Ele ainda acrescentou que os governadores estão tomando medidas para melhorar a situação e, caso não se altere, entrarão com uma medida no Supremo Tribunal Federal ( STF ). "O Fórum de Governadores está tomando providências primeiro do ponto de vista de diálogo com o novo ministro Marcelo Queiroga, para que ele, sendo médico, possa compreender a necessidade de liberar imediatamente e suspender esse confisco. Se não o fizer, os próprios governos entrarão com uma medida conjuntamente no Supremo Tribunal Federal", disse.