O governo de São Paulo
anunciou, nesta sexta-feira (23), que o Instituto Butantan
enviou, também nesta sexta, a documentação necessária à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
para iniciar os testes em humanos da vacina ButanVac,
que é desenvolvida 100% em território nacional e sem a necessidade de importação de insumos.
"O Instituto Butantan enviou hoje à Anvisa a solicitação do início dos testes clínicos da Butanvac, a vacina 100% brasileira. No mês de março, o Instituto Butantan já havia enviado à Anvisa o dossiê do desenvolvimento clínico dessa vacina e agora encaminha o dossiê pedindo o início dos testes para aplicação em humanos da Butanvac", destacou o vice-governador do estado, Rodrigo Garcia.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou que foi submetido o pedido para realização das fases 1 e 2. A expectativa é que a avaliação seja feita rapidamente pela Anvisa. "É uma vacina que pode fazer diferença a partir do segundo semestre, diferença para o Brasil e para outros países", declarou.
"Lembrando aqui alguns fatos importantes relacionados a essa vacina: é uma vacina que será muito rapidamente produzida aqui no Brasil integralmente, não depende de nenhuma importação, temos uma capacidade enorme de fabricação", completou Dimas Covas.
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O diretor do Butantan também disse que, "já a partir da próxima semana, a fábrica da vacina da gripe (...) está liberada para iniciar a produção da ButanVac". "Esperamos ter até o mês de junho ou julho pelo menos 40 milhões de doses dessa vacina, que ficará aguardando o resultado do estudo clínico."
A tecnologia da ButanVac é a mesma usada na vacina contra a gripe, o que facilita a produção do imunizante, segundo o governo. A fabricação da vacina não impacta a produção da CoronaVac.
Atraso na entrega dos dados à Anvisa
Segundo o diretor do Instituto Butantan, questionado sobre o atraso no pedido para iniciar os testes, ele disse que o processo não depende apenas do Butantan, já que a ButanVac
faz parte de um consórcio internacional.
"A expectativa para julho são as vacinas prontas e elas estarão prontas (...) Com relação ao estudo clínico, ele vai durar 20 semanas (...) Se você projetar isso no tempo, nós estamos falando de setembro, que é uma data possível de obtenção para uso emergencial, obviamente que isso não depende apenas do Butantan".