Após uma diretriz encaminhada pelo comitê que elabora protocolos de tratamento farmacológico da Covid-19,
o Ministério da Saúde
deve rejeitar a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina
no tratamento da Covid-19. A informação foi revelada, nesta terça-feira (4), pelo jornal 'Folha de S. Paulo'.
Os protocolos estão sendo encaminhados ao comando da pasta, hoje sob o comando de Marcelo Queiroga, por um grupo da Universidade de São Paulo (USP). O documento prevê a inclusão de corticoides e anticoagulantes no tratamento feito em ambiente hospitalar.
Segundo a reportagem, dentro do Ministério, o argumento é de que, mesmo se quisesse, o governo não conseguiria oficializar a sugestão de hidroxicloroquina para a Covid-19.
A ausência, na bula, de qualquer menção ao eventual uso do medicamento para tratamento de infecções virais inviabiliza a inclusão no protocolo.
O governo já recomendou oficialmente a hidroxicloroquina em um aplicativo do Ministério da Saúde, lançado para orientar médicos sobre o tratamento de sintomas da doença. Tirada do ar poucos dias depois, a ferramenta sugeria o remédio até mesmo para recém-nascidos.
Desde o início da pandemia, a hidroxicloroquina é recomendada pelo presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o chamado 'tratamento precoce'
- que não tem comprovação científica - também é incentivado pelo governo federal.