Um grupo de 18 cientistas dos Estados Unidos,
do Reino Unido
e Canadá,
afirmaram, em uma carta publicada na revista Science que, mais de um ano depois do início da pandemia,
ainda não existem evidências suficientes para determinar se a Covid-19
teve origem natural ou se é fruto de um vazamento acidental de laboratório na China.
As informações são do jornal 'O Globo'.
Os cientistas, assim como o governo dos Estados Unidos querem uma nova investigação para explorar a origem do vírus. A carta causou controvérsia no meio científico.
Kristian Andersen, virologista do Instituto de Pesquisa Scripps, que produziu no ano passado um estudo que descartou a probabilidade de uma origem laboratorial, baseado em grande parte no genoma do vírus Sars-CoV-2,
criticou a nova investida sobre a possibilidade do vírus ter nascido em laboratório.
"A carta sugere falsa equivalência entre a fuga do laboratório e os cenários de origem natural", disse. "A hipótese de vazamento de laboratório permanece baseada na especulação".
No ano passado, uma equipe da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um relatório alegando que um vazamento era improvável. Os defensores da ideia dizem que pode ter havido vazamento de um laboratório, especificamente o Instituto de Virologia de Wuhan, na China. A equipe da OMS visitou o laboratório de Wuhan, mas não o investigou.
A carta na Science defende uma investigação mais rigorosa das origens do vírus, que envolva uma gama mais ampla de especialistas e proteção contra conflitos de interesse.