O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga , disse nesta sexta-feira, em reunião com a diretoria do Conselho Nacional de Saúde (CNS) , considerar que o país vive uma onda só de Covid-19, enquanto as pessoas falam em "terceira onda". Segundo interlocutores que estiveram no encontro, Queiroga se mostrou preocupado com uma redução recente no ritmo de vacinação no Brasil, ressaltou que busca mais imunizantes, e destacou que a testagem feita até agora não foi adequada.
Ele reafirmou a intenção de executar um plano de testagem em massa, já anunciado mas sem detalhes, indicando que concentrará esforços em locais como aeroportos, rodoviárias, escolas, além das unidades de saúde. Fernando Pigatto, presidente do CNS, e conselheiros da Mesa Diretora da entidade foram recebidos nesta sexta-feira em reunião solicitada desde o início da gestão de Queiroga.
Segundo participantes do encontro, o ministro concordou com a necessidade de ajudar mais estados e municípios. Dados informados pelo governo na reunião apontam um total de aquisições de mais 2 milhões de insumos necessários para combater a pandemia, como sedativos e outros itens, dos quais 800 mil itens já foram recebidos pela pasta.
Queiroga teria ainda reclamado de burocracias, em meio à necessidade de concentrar esforços na vacinação, brincando que há no país uma "mania de criar leis" . Pigatto pediu atenção do ministro às sugestões vindas do CNS, lembrando que a entidade entregou ao ex-dirigente da pasta Eduardo Pazuello um plano de enfrentamento à pandemia, que não foi considerado.
O ritmo de vacinação caiu 16% em maio , considerando as doses aplicadas, na comparação com abril. Atrasos nas entregas, mudanças nas diretrizes de reserva da segunda dose e baixo comparecimento da população são alguns dos motivos elencados por especialistas para a redução da imunização.