Rio de Janeiro: Estado tem aumento de 40% na média móvel de óbitos por Covid-19
SILVIO AVILA
Rio de Janeiro: Estado tem aumento de 40% na média móvel de óbitos por Covid-19

Pelo segundo dia seguido, o Estado do Rio apresenta um crescimento da média móvel de mortes, que neste domingo chegou a 209 óbitos por Covid-19 diários. Dados da secretaria estadual de Saúde mostram que o Rio registrou 71 novas mortes por Covid-19 e quase 600 casos da doença. Desde o início da pandemia foram 52.998 vítimas do coronavírus e ao menos 906 mil pessoas infectadas

A média móvel passa a ser de 3.039  casos e 209 mortes por dia. Em relação a duas semanas atrás, houve um aumento de 40% no número de óbitos, o que indica uma tendência de aumento na intensidade do contágio, pelo 2 º dia seguido. Foram 51 dias seguidos de alternância entre estabilidade ou queda do indicador até este sábado, quando voltou a apresentar crescimento, com aumento de de 34%.

A média móvel de 7 dias faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos fins de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão. 

Como na última semana houve o feriado de Corpus Christi é possível que o aumento do indicador nos últimos dois dias seja fruto do represamento de dados durante o feriado. No início da última semana, a cidade do Rio chegou a ficar dois dias sem novos óbitos divulgados. Na ocasião a prefeitura afirmou que os dados seriam inseridos durante a semana.

De acordo com a secretaria estadual de Saúde, na última semana "houve um aumento de notificações de casos represados por parte de alguns municípios". A pasta afirma que "isso não significa dizer que os casos ocorreram nesta semana, apenas  foram inseridos no sistema nestas datas, gerando o aumento observado."

Segundo a secretaria municipal de Saúde do Rio, a data de divulgação do óbito é influenciada pelo fluxo de notificação e registro dos óbitos nos sistemas, portanto não se aplica à data em que o óbito ocorreu e por isso utiliza para a avaliação epidemiológica utiliza "a média móvel de óbitos por data de início de sintomas, na qual, no momento, não há o incremento informado".

A análise dos dados foi feita a partir do levantamento do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

Rio pode vacinar todos até setembro, caso ritmo de imunização se mantenha


Em agenda neste domingo, o prefeito Eduardo Paes se mostrou otimista com uma possível antecipação do calendário de vacinação contra a Covid-19 na cidade do Rio. O prefeito afirmou que caso o ritmo de vacinação se mantenha como o atual pode ser possível antecipar as datas em até um mês, o que permitiria toda a população carioca acima de 18 anos ser vacinada até meados de setembro.

"Do jeito que está indo, se continuar esse fluxo, estamos muito otimistas com a possibilidade até de acelerar. Quem sabe não conseguimos ganhar até um mês. Ainda é uma especulação. Avançamos quase uma década em duas semanas. Se continuar nesse ritmo as noticias podem ser boas. É um achismo meu, nada ainda oficial", afirmou.

O primeiro calendário divulgado pela prefeitura em maio que contempla todos os adultos prevê que o último grupo a ser vacinado seria o de jovens com 18 anos entre os dias 21 e 23 de outubro. Entretanto, nas últimas duas semanas a prefeitura conseguiu antecipar o calendário para imunizar todas as pessoas acima de 50 anos até o dia 19 de junho — enquanto a previsão original era apenas concluir essa faixa etária no início de julho.

Essa antecipação depende principalmente da chegada de novas doses de vacinas contra a Covid-19. A cidade do Rio possui uma capacidade de aplicar cerca de 73 mil doses diárias, mas hoje aplica cerca da metade.

Paralelamente ao calendário municipal do Rio, o governo do estado vacina pessoas com síndrome de Down, autismo, paralisia cerebral, nanismo e mielomeningocele (espinha bífida) com 18 anos ou mais, que residam na capital. A imunização é realizada no estacionamento do Estádio Célio de Barros, de segunda a sexta, das 9h às 16h, e requer o agendamento prévio, que pode ser feito no portal do governo do Estado.

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