Um idoso da cidade de Viçosa, no interior de Minas Gerais, tomou nada menos do que quatro doses de vacinas contra a Covid-19. O homem, de 69 anos, primeiro tomou duas doses da vacina do Instituto Butantan e da Sinovac, a CoronaVac, em Viçosa, depois, viajou para o Rio de Janeiro e tomou uma dose da vacina da AstraZeneca, e voltou para Viçosa para tomar o imunizante da Pfizer.
As fraudes só foram descobertas nesta quarta-feira (7), depois que o idoso já tinha recebido as quatro doses de vacinas. A equipe de imunização indagou o homem, que alegou ter oito anos a menos, sobre o porquê de ele não ter tomado a vacina na data correta de imunização. Em seguida, conferiram suas informações no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.
Ao verificar os dados, foi descoberta a fraude. Logo em seguida, a Procuradoria Geral do Município de Viçosa e o Ministério Público de Minas Gerais foram acionados para tomar as medidas cabíveis. Em nota, a Prefeitura de Viçosa repudiou a atitude do idoso e prometeu reforçar os mecanismos de auditoria e conferência de dados da população para evitar novos casos parecidos.
Sem “sommelier de vacina”
A administração também destacou que qualquer pessoa que tomar mais de duas doses de vacinas contra a Covid-19 estará sujeito a sanções previstas em lei. Em Viçosa também há uma recomendação expressa para que os moradores não escolham o fabricante de suas vacinas, caso alguém o faça, deve assinar um termo de consentimento, que o coloca no final da fila.
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A decisão de colocar os chamados “sommeliers de vacina” no fim do calendário de imunizações não é uma inovação da cidade mineira. O prefeito da cidade de São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC Paulista, Orlando Morando (PSDB-SP) foi o primeiro a tomar uma decisão do tipo. Segundo ele, a medida ajudou a diminuir esse tipo de ocorrência.