Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro
Renan Olaz/CMRJ
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

RIO — O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou que não descarta acionar o Ministério da Saúde na Justiça caso a pasta continue atrasando as entregas das doses de vacina contra a Covid-19 . No entanto, Paes destacou que "neste momento o diálogo está sendo permanente". A declaração do prefeito se deu durante uma solenidade na sede do Tribunal de Justiça do Rio nestya terça-feira.

Horas antes, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para confirmar a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que determinou que a União envie mais vacinas contra a SARS-CoV2 ao estado de São Paulo para permitir a aplicação da segunda dose naquelas pessoas que já tomaram a primeira.

"Se tiver que tomar uma medida judicial, vamos tomar. Mas, nesse momento o diálogo está sendo permanente", disse o prefeito, que completou: "Eles viram que alguns estados e municípios acabaram avançando, em relação aos outros, com a vacinação não cumprindo o calendário nacional. Então, acho que eles estão buscando dar uma equilibrada". 

O chefe do Executivo municipal afirmou que o calendário de vacinação na cidade só está mantido até o fim da semana, devido à quantidade de vacinas que a cidade disponibiliza. Ele voltou a criticar o método de distribuição de imunizantes feito pelo governo federal.

"Se Deus quiser e o Ministério (da Saúde) mandar, teremos vacina (para a próxima semana). (Mas) O calendário (de vacinação) está garantido só para essa semana. Vamos viver cada dia sua agonia. Não vou antecipar. Eu não acho que seja maldade do Ministério da Saúde. Eu acho que eles querem dar uma certa unificada. Mas, eles tem um problema de logística assustador. Você imagina: o estado do Rio recebe e tem que distribuir para 92 municípios. A cidade do Rio distribui para 250 postos de saúde. O governo federal só tem que pegar no Aeroporto de Guarulhos e distribuir para 27 estados. Na verdade, 26 porque São Paulo já está lá. Então, não me parece algo tão complexo e não tem porque estocar vacina. A gente tem pressa na vacina. É um certo grau de incapacidade de uma boa logística."

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Paes destacou que, neste momento, a cidade está preocupada com a dose de reforço para pessoas idosas com mais de 90 anos:

"Eu tenho muita preocupação com a dose de reforço. A gente está conseguindo manter, de certa maneira estável, a aplicação. Ainda falta a molecada de 14, 13 e 12 anos, três idades importantes. Mas, a dose de reforço é a que mais me preocupa. Os idosos já tomaram essas doses há mais tempo e o efeito da cobertura vacinal é menor. Quero que a coroada tome reforço."

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