Micrografia eletrônica de transmissão de uma partícula do vírus SARS-CoV-2, o novo coronavírus
Reprodução/NIAID
Micrografia eletrônica de transmissão de uma partícula do vírus SARS-CoV-2, o novo coronavírus

A variante Delta da  covid-19 apareceu em 100% das amostras coletadas e sequenciadas durante o mês de setembro no estado do Rio. A informação, ainda preliminar, foi divulgada nesta sexta-feira (24), pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), e mostra uma expansão da variante em relação ao mês anterior.

“Foram sequenciadas 947 amostras coletadas em agosto, sendo 92% da variante Delta e 7% da variante Gamma. Das 45 amostras com data de coleta em setembro, houve a identificação da variante Delta em 100% delas”, informou a SES.

A secretaria realiza a pesquisa através da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, que desenvolve o programa de vigilância genômica da covid-19 desde janeiro de 2021 e já sequenciou 4.966 amostras de residentes do estado do Rio.

De acordo com as análises, a secretaria destacou ser possível afirmar que a linhagem Gamma foi a mais frequente de fevereiro até junho e, a partir da detecção da variante Delta, em junho de 2021, essa linhagem aumentou a sua frequência, se tornando a variante dominante a partir do mês de agosto.

Variante Mu

“Ressaltamos que a amostra identificada como Mu (B.1.621), originária da Colômbia, teve sua coleta realizada em junho de 2021 e identificada no mesmo mês. O homem de 57 anos, sem comorbidades e com a primeira dose da vacina contra covid-19, teve sintomas leves e se recuperou bem. Nenhuma outra amostra com essa variante foi detectada até o momento”, destacou a SES.

O cenário atual, segundo a secretaria, não indica um aumento do número de internações e óbitos no estado do Rio: “O início de uma possível quarta onda, que se apresentou na primeira semana de agosto, não se sustentou. A vacinação completa foi um importante fator para reduzir óbitos nas faixas etárias mais avançados no momento do pico da terceira onda, ocorrida no final de abril e maio de 2021”.

Maiores de 60 anos

No entanto, a partir de julho, foi observado um aumento na proporção de óbito nas faixas etárias mais elevadas, acima de 60 anos, mesmo entre os vacinados. De acordo com os especialistas, esse resultado reitera a necessidade da aplicação da dose de reforço entre os mais velhos, pois esse grupo é afetado pela imunossenescência, responsável pela redução da resposta imunológica ao imunizante.

Da mesma forma, é importante avaliar que esse grupo foi um dos primeiros a tomar a vacina e que a redução da efetividade da vacina ao longo do tempo já foi evidenciada. As informações completas podem ser acessadas na página Painel Coronavírus na internet.

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