Em caráter excepcional, a Anvisa autorizou a importação de produtos radiofármacos, utilizados na medicina nuclear, para reduzir o risco de desabastecimento dos produtos no Brasil . A falta desses insumos pode impactar diretamente no diagnóstico de doenças cardíacas, embolia pulmonar e no tratamento de pacientes com câncer.
Como os produtos têm características específicas, como a emissão de radiação, passam por requisitos técnicos especiais para o seu desenvolvimento, produção, controle de qualidade, distribuição e controle de estabilidade, segundo a agência.
Segundo o relator da matéria, o diretor da agência Alex Campos, a falta de medicamentos coloca o país em uma situação de iminente desastre sanitário. "O cenário é de perplexidade e causa temor porque as pessoas, muitas vezes, precisam desses produtos para sobreviver".
Entenda o caso
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Desde o dia 20 de setembro, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), responsável por 85% dos medicamentos radiofármacos utilizados em todo o país paralisou sua produção por falta de verbas.
Desde então, o Ministério da Ciência, da Tecnologia e Inovações anunciou um aporte de R$ 19 milhões na organização, valor que não é suficiente para a normalização da produção. Segundo fontes ouvidas pelo iG, o valor só atende a demanda até a primeira quinzena de outubro.