Luiza, dupla de Maurílio, pede oração ao cantor, após ele sofrer 3 paradas cardíacas
Rodrigo Leonel
Luiza, dupla de Maurílio, pede oração ao cantor, após ele sofrer 3 paradas cardíacas

O cantor sertanejo Maurílio, que faz dupla com Luiza, segue internado no Hospital Jardim América, em Goiânia, para tratar uma  tromboembolia pulmonar  . O artista de 28 anos deu entrada na UTI, na última quarta-feira (15), depois de apresentar dificuldade para respirar e sentir fortes dores no peito.

De acordo com médicos, o sertanejo tem estado gravíssimo e está em ventilação mecânica, tendo todos os suportes intensivos. Há 15 dias, ele havia reclamado de uma forte dor na perna, o que, segundo especialistas, já era um sinal da  tromboembolia pulmonar .

O que é tromboembolia pulmonar ?
A tromboembolia pulmonar é um trombo (o mesmo que um coágulo) que obstrui os vasos pulmonares, fazendo com que o sangue não chegue a uma das partes do pulmão.

"Ela causa como se fosse um infarto pulmonar, podendo levar a morte de uma área do pulmão", explica o médico Danilo Klein, do Hospital Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).

Dor na perna pode ser um sinal?
O coágulo que causa a tromboembolia pulmonar não surge, em geral, no pulmão. É muito mais comum que o trombo se inicie nas veias das pernas, principalmente nas panturrilhas.

"Acontece que esse trombo na veia da panturrilha se solta da perna e migra para os vasos pulmonares, obstruindo o pulmão, causando então a tromboembolia pulmonar", ressalta Klein. "Enquanto o trombo está na perna, ainda é um caso em que conseguimos tratar apenas com anticoagulante, para dissolver o trombo. Quando vai para o pulmão, em geral, o quadro clínico é grave".

Quais são os sintomas?
Falta de ar, taquicardia, insuficiência respiratória e insuficiência cardíaca são alguns dos sintomas da tromboembolia pulmonar.

A doença é comum?
Em geral, a trombose venosa profunda, que gera a tromboembolia pulmonar, acontece em pessoas com fatores de risco. Indivíduos com obesidade ou que seguem em tratamento contra um câncer ou alguma doença infecciosa grave são mais propensos à doença.

Também pode haver fatores genéticos associados ao aparecimento da tromboembolia pulmonar, de acordo com médicos. Em jovens, a doença costuma ser incomum.

"Recentemente, devido à pandemia da Covid, houve um aumento no número de mortes por tromboembolia pulmonar, pois o coronavírus é um grande fator de risco para a trombose", conta Klein.

Como é o tratamento?
O tromboembolismo pulmonar (ou tromboembolia pulmonar) sempre leva o paciente à internação, pois o potencial de ser grave é muito grande, como reforça o médico Danilo Klein.

Como evitar a doença?
Médicos recomendam que as pessoas mantenham um estilo de vida saudável e, caso precisem ficar acamadas por algum tempo — devido a alguma cirurgia ou incapacidade física —, tomem cuidado redobrado, tentando mover os membros inferiores, para que não haja imobilidade dos órgãos.

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