Registro do ministro da Saúde no Senado
Jefferson Rudy/ Agência Senado
Registro do ministro da Saúde no Senado

 O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, inflou o tamanho da população brasileira para destacar as ações do governo federal na vacinação contra a Covid-19. Ele escreveu que o governo havia vacinado mais de 315 milhões de brasileiros, mas o país tem apenas 214 milhões de habitantes, de acordo com a última estimativa de população divulgada pelo IBGE – que não realizou o Censo por causa da pandemia.

A postagem com o erro do ministro foi apagada e substituída por outra com texto semelhante.

Na nova postagem, o ministro afirmou que o país tinha aplicado 315 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 e distribuído mais de 380 milhões de doses a estados e municípios. O restante do texto é o mesmo, e cita cifras de investimento para destacar o avanço da vacinação no país, como a aplicação de doses de reforço e doação de vacinas a países mais necessitados.

A postagem de Queiroga respondia a críticas que foram feitas a sua gestão à frente do Ministério da Saúde. Atualmente, a pasta abriu consulta pública sobre a imunização de crianças de 5 a 11 anos. Especialistas afirmam que a consulta elaborada pelo Ministério traz perguntas que reforçam posição contra a vacinação.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças, o que fez com que servidores recebessem ameaças por terem liberado o uso da vacina.

Essa posição desagrada o governo, que defende prescrição médica e autorização dos pais para a imunização deste público. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para que o Ministério da Saúde explique por que quer exigir dos pais e responsáveis legais a apresentação de prescrição médica para vacinar as crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) já informou que não cumprirá a exigência de receita médica para vacinar crianças contra a Covid-19.

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