A cidade de São Paulo pode ter chegado a um platô no número de casos de Covid. Uma das primeiras a registrar a explosão provocada pela variante Ômicron , a capital paulista parece já ter ultrapassado o pico. O reflexo nas internações ainda leva algumas semanas para ser observado.
Em novembro passado, a cidade tinha cerca de 600 casos diários de Covid, em média. Com a entrada da Ômicron no país, no final de dezembro esse número começou a subir e, já no dia 27, passou dos mil casos diários.
Entre os dias 11 e 18 de janeiro, São Paulo teve média de casos acima dos 7 mil, com pico no dia 13, quando a média chegou a 8.240.
Mas, nesta semana, a média ficou na faixa dos 4 mil casos diários, caindo de forma gradativa. No dia 26, o índice estava em 4.124.
Análise feita nos outros países onde a onda provocada pela variante começou antes, é possível observar que a curva ascendente de casos leva entre quatro e seis semanas e é muito acentuada. Após o pico, a queda também foi rápida. Foi o que ocorreu na África do Sul, Reino Unido, Canadá e Austrália.
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Nos Estados Unidos, país grande e desigual em termos de vacinação, é possível ver estados e cidades saindo da onda da Ômicron antes de outros. É o caso de Nova York e parece ser o da capital paulista.
Movimento semelhante ainda não pode ser observado no estado, que atingiu média móvel de casos de 10.722 nesta quinta-feira, com alta de 150% em relação ao índice de 14 dias atrás, patamar semelhante ao visto de julho de 2021.
Internação
A queda no número de casos ainda não pode ser vista nas internações. A taxa de ocupação de leitos para pacientes de Covid (UTI e enfermaria) está em 69%. Na semana passada esse índice chegou a 77%, mas foram abertos mais de 150 leitos na última semana.
Nesta quinta, havia 384 pessoas internadas na UTI e 443 em enfermaria, em razão da doença, números que não eram registrados desde agosto do ano passado e seguem crescendo. Há três semanas, no dia 6 de janeiro, eram 42 em UTI e 108 em enfermaria.