Homem internado em leito de UTI
Foto: Ministério da Saúde
Homem internado em leito de UTI

A cidade do Rio teve uma redução de 35% no número de internações por Covid-19 nos últimos sete dias, indica o painel  Covid-19 da prefeitura. Neste domingo (30), o município tinha 588 pessoas hospitalizadas com a doença; já no domingo anterior (23), quando a cidade enfrentava o pico de internações da onda provocada pela variante Ômicron , o total de hospitalizados era 911, patamar superior ao registrado durante o auge da Delta. Na manhã desta segunda-feira, a cidade tem 552 internados com Covid-19.

Para a epidemiologista Gulnar Azevedo, professora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o dado pode indicar uma redução na transmissão, mas ainda é cedo para afirmar.

"Precisamos acompanhar as internações ao longo da semana. Espera-se que isso signifique uma queda no contágio. Olhando para os dados dos outros países, sabemos que a Ômicron chega ao pico muito rápido e depois começa a cair. A onda dura entre cinco e seis semanas, aproximadamente o tempo que ela já tem no Rio. Mas ainda é preciso aguardar para ver se isso vai se confirmar. Não é hora de dispensar os cuidados", diz a especialista.

Outros indicadores já dão sinais de queda no município. A média de atendimentos diários em unidades da rede pública caiu 26% entre a semana passada e a anterior.

Além disso, a taxa de positividade dos testes de Covid-19 realizados na cidade foi de 46% na semana epidemiológica 2 de 2022 (9 a 15 de janeiro) para 37% na semana epidemiológica (23 a 29 de janeiro).

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A quantidade de pacientes à espera de um leito, que se aproximou do patamar de 70 na segunda-feira passada, é de sete nesta segunda-feira.

"O número de internados caiu porque notamos uma redução nos pedidos por leito", afirma o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, para quem o Rio já pode ter chegado ao platô da Ômicron.

O primeiro dado a registrar redução durante a onda da nova variante foi o número de novos casos identificados de síndrome gripal, como o GLOBO noticiou. Trata-se de um índice influenciável por diversos fatores não relacionados à doença em si, como a facilidade de acesso a uma unidade de saúde e a demora para a inserção de dados nos sistemas oficiais.

Apesar disso, as mais recentes atualizações do número de notificações continuam a apontar queda. Na semana epidemiológica 2, o Rio teve 326 mil 'casos de síndrome gripal; na semana seguinte, 202 mil — uma redução de 38%.'

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