Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostrou que ainda não há sinais de crescimento da subvariante BA.2, da Ômicron, no Brasil. Na última semana analisada (6 a 12 de fevereiro), 98,9% dos casos positivos apontam para a sublinhagem BA.1.
A BA.2, sublinhagem que causou uma recente alta de casos de Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos, já foi detectada no Brasil. Dados da plataforma internacional Gisaid mostram oito casos identificados no país, cujas amostras foram coletadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em comunicado, o ITpS afirma que "é preciso monitorar o número de novos casos nas próximas semanas para verificar o seu comportamento".
Queda na positividade
A pesquisa, feita em parceria com os laboratórios privados Dasa, DB Molecular e CDL, também mostrou que a positividade de testes para Covid-19 caiu de 67,6% para 51,4% entre os dias 22 de janeiro e 12 de fevereiro. Apesar da queda, a taxa de resultados positivos ainda está elevada: no início de dezembro era abaixo de 2%.
O resultado vai ao encontro dos dados do consórcio de veículos de imprensa, que mostram redução da média móvel de novos diagnósticos da doença no Brasil, nos últimos seis dias.
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O ITpS monitora a Ômicron desde a sua chegada ao Brasil. Em cinco semanas, contadas a partir de meados de dezembro, a BA.1 avançou pelo país, se sobrepondo à Delta, variante que predominava no território brasileiro.
Entre 5 de dezembro de 2021 e 12 de fevereiro de 2022, os três laboratórios parceiros realizaram 105.985 testes de Covid-19, em 604 municípios de 26 unidades da Federação.
O instituto ressalta que os surtos da variante Ômicron não ocorrem em sincronia em todo o território brasileiro, portanto, alguns estados e municípios podem hoje observar uma queda no número de casos enquanto outros enfrentam aumento.