SP desobrigou o uso de máscaras em locais abertos
Governo do Estado de São Paulo
SP desobrigou o uso de máscaras em locais abertos

Desde o início da semana, as grandes cidades brasileiras estão, uma a uma, retirando a  obrigatoriedade do uso de máscaras contra  covid-19 em locais abertos. Na grande maioria delas, no entanto, como São Paulo, o equipamento de proteção continua obrigatório em locais fechados - o governo deixou também uma orientação para que fosse utilizado em situações de aglomeração, mesmo que ao ar livre.

Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'Or e do Medicina Interna Personalizada (MIP), explica o porquê da flexibilização apenas em alguns ambientes.

"Em locais abertos há uma circulação de ar maior, há uma grande troca desse ar por minuto. Ele vai rodando. Há uma diminuição de transmissão nesse ambiente, e é por isso que podemos deixar de exigir o uso de máscaras", afirma.

"Por outro lado, devemos orientar que a manutenção de máscaras nos ambientes fechados devido a baixa circulação de ar", completa.

A médica esclarece que para uma decisão como essa ser tomada, as equipes de saúde das cidades fizeram uma análise de todos os indicadores da covid-19 no país.

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"É sempre necessário saber qual a taxa de ocupação, de [testes] positivos, e a porcentagem de queda de internação e óbitos de cada estado, além da taxa de vacinação completa. No Estado de São Paulo, tivemos uma taxa de ocupação hospitalar de 37%, houve uma queda; e cerca de 90% da população elegível está vacinada, o que diminuiu a taxa de internação e de óbitos", aponta.

A manutenção do uso, segundo a especialista, deve ser uma decisão tomada individualmente. Em situações onde, mesmo ao ar livre, há uma grande concentração de pessoas, sem possibilidade de distanciamento, as máscaras seguem indicadas.

O mesmo vale para pessoas com sintomas respiratórios, imunossuprimidos ou com doenças crônicas que podem ser agravadas por um caso de covid-19.

"Em qualquer lugar do mundo, se você tiver um sistema respiratório, a máscara é adotada. Ela volta à sua característica de indicação de risco - se há um risco, use. É uma proteção coletiva, de não transmitir ou pegar", finaliza.

** Filha da periferia que nasceu para contar histórias. Denise Bonfim é jornalista e apaixonada por futebol. No iG, escreve sobre saúde, política e cotidiano.

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