O Ministério da Saúde investiga 72 casos suspeitos de hepatite misteriosa em crianças . No total, foram notificados até o momento 94 ocorrências suspeitas, mas 21 foram descartadas, e uma foi classificada como caso "provável". Os registros foram notificados em 17 estados do país.
Entre os casos registrados no Brasil, a pasta investiga cinco óbitos que podem estar relacionados à doença. Outras quatro mortes já tiveram a suspeita descartada. Oito crianças precisaram fazer transplante de fígado no país.
São Paulo tem o maior número de casos em investigação (21), seguido de Minas Gerais (9), Rio de Janeiro (7) e Pernambuco (7). Entre as regiões do país, o Sudeste reúne 54,2% dos casos suspeitos. Depois, aparece o nordeste com 23,6% das ocorrências sob investigação; Sul com 13,9%; Centro-oeste e Norte com 4,2% cada.
Em todo o mundo, até o momento, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), foram identificados 650 casos prováveis da doença, outros 99 seguem em investigação. De acordo com a organização, até agora ocorreram 38 transplantes de fígado relacionados à enfermidade e 9 pessoas morreram. As suspeitas foram identificadas em 33 países.
A doença ocorre em decorrência de uma inflamação no fígado e a suspeita é de que seja causada por um adenovírus, já que nenhum dos vírus normalmente responsáveis pelas hepatites A, B, C, D ou E foram encontrados nas amostras. Em geral, a hepatite misteriosa tem acometido crianças e adolescentes de até 17 anos.
Entre os sintomas relacionados à doença estão febre, icterícia (coloração amarela da pele e dos olhos), diarreia, dor abdominal, vômito, urina escura e fezes brancas.
O único caso provável do Brasil até o momento foi registrado no Mato Grosso do Sul em uma menina de 16 anos que apresentou febre, icterícia, e náusea. A paciente ficou internada por três dias e, no momento, se recupera em casa.