Instituto do Câncer de SP ganha centro de transplante de médula óssea
Reprodução 01.07
Instituto do Câncer de SP ganha centro de transplante de médula óssea

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ligado ao complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), passará a realizar transplantes de medula óssea. O local, que é o maior centro especializado em oncologia da América Latina, terá capacidade para realizar até 108 transplantes de medula por ano. A novidade será anunciada pelo governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, nesta sexta-feira.

Atualmente os paciente em tratamento no Instituto do Câncer que precisam de um transplante de medula óssea realizam o procedimento no Instituto Central do HCFMUSP.

"O transplante de medula óssea é uma importante ferramenta na redução das mortes causadas por neoplasias hematológicas. Para muitos pacientes, representa a única chance de cura. É essencial que seja realizado em tempo oportuno, tendo em vista o risco de progressão de doença ou uma possível perda da janela para realização do procedimento. A maior celeridade do transplante reduz o risco de complicações e internações prolongadas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e reduzindo os custos oriundos de tais intercorrências", afirma Paulo Hoff, presidente do Conselho Diretor do Icesp, em comunicado.

A nova unidade será instalada no 22º andar do Instituto, que contará com um investimento de 7,5 milhões de reais em obras de adequação do espaço físico. A previsão é de que a obra seja finalizada no primeiro semestre de 2023.

Serão oito leitos individuais totalmente adaptados às necessidades dos pacientes submetidos ao transplante. Dois leitos serão destinados à realização de transplantes alogênicos, quando o paciente recebe as células-tronco de um outro doador, e os outros seis leitos para transplantes autólogos, quando são usadas as células-tronco do próprio paciente.

O acesso à unidade será feito por meio de antecâmaras pressurizadas, garantindo maior segurança dos protocolos de controle de infecções aos pacientes. O projeto também contempla sala de fisioterapia, baias médicas e de enfermagem, copa e vestiários. Também serão liberados 9,3 milhões de reais anuais para o custeio da Unidade de Transplantes de Medula Óssea (TMO).

Ampliação do tratamento de leucemias agudas

A adequação do 22º andar também irá incluir a criação de dez leitos para o tratamento de leucemias agudas. Serão destinados 6,7 milhões de reais anuais para o custeio desses novos leitos, que necessitam de estrutura adequada para isolamento de pacientes, com filtro de ar e assistência médica setorizada, devido às características de agressividade e rápida evolução da doença.

"Diversas evidências apontam que o pronto reconhecimento e o tratamento da leucemia aguda em centros especializados estão associados à melhora das taxas de cura e redução de complicações. A infraestrutura e a equipe multiprofissionais capacitadas certamente impactam na taxa de cura desta doença que, infelizmente, acomete pacientes de todas as idades, com substancial proporção de pessoas jovens em idade produtiva", diz Paulo Hoff.

A partir desta sexta até a finalização da obra, o atendimento aos pacientes com leucemias agudas será realizado no 19º andar.

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Iodoterapia 

Também haverá aumento no atendimento de pacientes que necessitam de iodoterapia. O tratamento é indicado para os casos de câncer de tireoide. A estimativa é de que o Icesp receba 100 novos pacientes encaminhados pelo Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), acelerando assim a fila de quem aguarda por este tipo de tratamento no estado de São Paulo.

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