Cientistas recupera visão com implante sintético de pele de porco - 12.08.2022
Reprodução: pixabay - 09/05/2022
Cientistas recupera visão com implante sintético de pele de porco - 12.08.2022

Um estudo piloto realizou implantes de córnea derivados de um tipo de colágeno encontrado na pele de porco e resultados supreenderam com a restauração da visão de 20 pessoas que sofriam com doença da córnea, que causa perda da visão.

A pesquisa foi publicada na revista  Nature Biotechnology  e detalha como pesquisadores na Índia e no Irã criaram córneas sintéticas livres de células a partir de "atelocolágeno dérmico suíno tipo I purificado e liofilizado de grau médico".

O material é também conhecido como colágeno de pele de porco congelado . Os pesquisadores utilizaram em implantes nos olhos de 20 pessoas que sofriam de deficiência visual.

Este estudo mostra-se promissor para o tratamento da cegueira corneana usando implantes de bioengenharia como alternativa às córneas humanas doadas, que estão em falta no mundo. 

A equipe de pesquisadores realizou previamente um estudo de viabilidade e implantou as 'córneas sintéticas' nos olhos de 14 dos 20 pacientes iniciais que eram inicialmente cegos.

Após 24 meses das cirurgias, observaram que "nenhum evento adverso ocorreu em nenhum paciente". Todos os 20 pacientes tiveram a visão restaurada e a restauraram sua capacidade para usar lentes de contato.

Processos da pesquisa

O coordenador do estudo, Neil Lagali, oftalmologista da Universidade Linköping da Suécia, disse que ao produzirem os implantes com células epiteliais da córnea humana e colocá-las nos olhos dos pacientes descobriram que as células cresceram e se tornaram transparentes nos olhos dos implantados em pouco mais de duas semanas após serem implantadas.

A pesquisa foi acompanhada por testes de laboratórios independentes para garantir que os implantes estivesse sempre estéreis e com esses mesmos testes descobriram que as córneas sintéticas de colágeno de porco eram muito mais estáveis ​​​​do que os tecidos de doadores humanos - que têm vida útil de apenas uma semana ou duas. Os implantes experimentais da descobera, apresentam vida útil mínima de dois anos.

Muitos estudos são direcionados à criação e desenvolvimento de córneas sintéticas, mas os pesquisadores observaram que ninguém ainda tentou esse procedimento específico de implantação e que espera que essa nova técnica possa "reduzir significativamente a demanda por tecido corneano doador no futuro".

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