Varíola dos macacos
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Varíola dos macacos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que pessoas com sintomas de varíola dos macacos (ou monkeypox) não doem óvulos, espermatozoides e embriões para reprodução humana assistida. O procedimento deve ser adiado até o desaparecimento das lesões na pele, como pústulas e vesículas, ou por ao menos 21 dias após o início.

O mesmo prazo vale para aqueles que tiveram contato com casos confirmados ou suspeitos da doença e que estejam assintomáticos. As orientações, que constam em nota técnica, valem para bancos de gametas e embriões tanto nacionais quanto estrangeiros que planejam fornecer ao Brasil.

Pacientes com qualquer sintoma de varíola dos macacos que forem passar por procedimentos de reprodução humana assistida, como fertilização in vitro e inseminação artificial, devem ser avaliados por um médico para analisar possíveis riscos e benefícios. Um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) deve ser assinado.

A transmissão viral ocorre, sobretudo, pelo contato físico direto, pele a pele, com lesões cutâneas ou fluidos corporais. Entre os sintomas, figuram as erupções cutâneas, febre, inchaço dos gânglios (adenomegalia), dor no corpo, exaustão e calafrios.

Ainda não há evidência de transmissão do vírus monkeypox por meio de sangue, de tecidos, de gametas (óvulos e espermatozoides) ou até mesmo embriões. Segundo a Anvisa, as recomendações vêm para prevenir a transmissão, já que há potencial por essa via.

“Destaca-se que nenhum caso de transmissão do vírus da Varíola dos Macacos por meio de sangue, tecidos, células germinativas e embriões foi documentado até o momento. No entanto, existem casos relatados de transmissão do vírus de mãe para filho durante a gravidez e a presença de vírus no sangue, tecidos e órgãos de animais infectados”, diz a nota técnica.

Gestantes integram um dos grupos de risco para a monkeypox, apontam especialistas, com casos de transmissão durante a gravidez. A doença pode levar, por exemplo, ao aborto espontâneo (até a 22ª semana de gestação) ou à morte fetal (da 22ª semana até antes do parto).


“Apesar da informação limitada, existe potencial de que o vírus Monkeypox seja transmissível através de substâncias de origem humana.(...) É importante notar que a infecção por vírus do gênero Orthopoxvirus está associada a risco aumentado de complicações maternas e perinatais, incluindo morte fetal, parto e aborto espontâneos”, continua.

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