‘Doença do tatu’: saiba os sintomas do fungo que matou adolescente de 17 anos no Piauí
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‘Doença do tatu’: saiba os sintomas do fungo que matou adolescente de 17 anos no Piauí

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Simões, no Piauí, confirmou nesta quarta-feira a morte de um adolescente de 17 anos pela ‘doença do tatu’, como é conhecida a paracoccidioidomicose. Trata-se da principal micose sistêmica (adquirida por inalação) do país, provocada por fungos do gênero Paracoccidioides spp., que ficam dispersos pelo meio ambiente.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, o diagnóstico é uma das dez principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias no Brasil.

Segundo a nota da pasta de Simões, o jovem morreu no último sábado, e teve agora a confirmação para a doença. O irmão da vítima, de 14 anos, que também foi diagnosticado com a paracoccidioidomicose, está recebendo tratamento domiciliar.

Um amigo de 22 anos, no entanto, está internado em estado grave. Os três saíram para caçar tatus há cerca de um mês e, em seguida, começaram a apresentar sintomas.

Em nota, a secretaria destaca que a transmissão não ocorre de pessoa para pessoa, e sim pela “inalação dos esporos que estão no solo contaminado (poeira que sai do buraco)”.

A pasta alerta ainda que “a associação com o animal acontece porque o homem ao caçar tatus entra em contato com as tocas (buracos), onde o solo está contaminado pelo fungo“, reforçando que não há risco de contrair a doença pelo contato com o animal.

Saiba os sintomas da ‘doença do tatu’

De acordo com o Ministério da Saúde, a principal porta de entrada do fungo no organismo é pelas vias respiratórias. Normalmente,os primeiros órgãos afetados são o pulmão, seguidos da pele, mucosas, linfonodos, adrenais, sistema nervoso central, fígado e ossos. Segundo a SMS de Simões, os sintomas incluem:

  • Lesões na pele;
  • Tosse;
  • Febre;
  • Falta de ar;
  • Linfonodomegalia (ínguas ou landras);
  • Comprometimento pulmonar;
  • Emagrecimento.

A ‘doença do tatu’ é considerada um quadro extremamente grave, com alta taxa de letalidade em crianças e adolescentes. Nessa faixa etária, as lesões evoluem de semanas a meses.

Nos adultos, que compreendem a maioria dos casos, costuma acometer mais homens entre 30 e 60 anos. Neste caso, manifesta-se de forma mais lenta, com os sintomas podendo durar de quatro a seis meses, até mais de um ano.

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