A osteoporose é uma doença muito conhecida pela população do Brasil, mas poucos sabem como ela afeta a vida de uma pessoa. Segundo dados do Ministério da Saúde, há cerca de 10 milhões de pessoas, sobretudo mulheres, sofrem com a patologia. O médico Phelipe Ornellas, responsável pelo Ambulatório de Osteoporose do Hospital São Vicente de Paulo (RJ), dá detalhes desse problema.
“Sabemos que esta é uma doença silenciosa e subdiagnosticada, o que pode elevar ainda mais esse número. Projeta-se que, em 2050, o número de fraturas de quadril seja de 160.000 por ano”, explica o doutor, que é graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e integra a equipe do serviço de Endocrinologia do Hospital São Vicente de Paulo.
“A probabilidade de fraturas tem direta relação com a densidade mineral óssea. O exame necessário para o diagnóstico é a densitometria óssea. No entanto, outros fatores clínicos também representam risco e aumentam a chance de uma fratura ocorrer, como a presença prévia de uma fratura por fragilidade, o uso de algumas medicações como corticóide, o tabagismo, alcoolismo, histórico de fraturas de quadril nos pais, diabetes e artrite reumatóide, assim como a presença de outras doenças inflamatórias, entre outros fatores de risco”, acrescenta.
O médico relata que as pessoas precisam adotar algumas ações para evitar esse problema. “Os cuidados para a manutenção de uma massa óssea saudável incluem uma adequada ingestão de cálcio, a prática de atividades físicas com enfoque em equilíbrio e força muscular, exposição solar adequada e a reposição de vitamina D, quando indicado”, detalha.
Os idosos são as maiores vítimas da osteoporose, principalmente mulheres que possuem histórico prévio de outras fraturas e que não tenham passado por um tratamento preventivo.
“As consequências podem ser gravíssimas para quem sofre uma fratura, a depender do local onde ocorra. Uma fratura por fragilidade sempre aumenta a chance de uma outra fratura ocorrer em até 3 vezes. Uma fratura de fêmur, em pacientes acima de 80 anos, pode ser muito grave, podendo levar a limitações e dependência de outras pessoas para situações corriqueiras na vida cotidiana. Parte considerável dos pacientes pode ficar acamada e, em muitos casos, pode levar à morte”, conclui.
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