Covid-19: Crianças e adolescentes que foram infectadas têm risco maior de desenvolver diabetes tipo 1, diz novo estudo
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Covid-19: Crianças e adolescentes que foram infectadas têm risco maior de desenvolver diabetes tipo 1, diz novo estudo

Estudos realizados pela faculdade de Medicina da Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos, mostra que crianças e adolescentes que foram infectadas com o coronavírus tem um risco significativamente maior de contrair diabetes tipo 1 .

A pesquisa, publicada na revista cientifica JAMA Network, analisou o registro de saúde eletrônica de mais de 570 mil pessoas, entre março de 2020 e dezembro de 2021, até os 18 anos. Metade delas infectadas pela Covid-19 e a outra por infecções respiratórias diversas.

“O aumento do risco de DM1 [diabetes tipo 1] de início recente, após a covid-19, adiciona um elemento importante para as discussões de risco-benefício para prevenção e tratamento da infecção por SARS-CoV-2 em populações pediátricas”, explicam os autores do estudo.

Das crianças e adolescentes que estavam com Covid-19, 96% deles tinham mais hipóteses de serem diagnosticados com diabetes tipo 1, quando comparados com a outra metade dos pacientes que estavam diagnosticados com crises respiratórias.

As probabilidades ainda aumentaram para 110% nos primeiros três meses e diminuíram para 83% após seis meses de observação. Ou seja, um semestre depois, 123 pacientes foram diagnosticados com diabetes tipo 1.

Diabetes tipo 1

Este tipo da doença é considerado autoimune e ocorre principalmente porque as defesas imunológicas do corpo atacam e destroem as células do pâncreas, que produz a insulina, consequentemente interrompendo a formação do hormônio e causando a doença.

O Brasil é o terceiro país com mais casos em crianças e adolescentes com menos de 20 anos: são 92,3 mil. Na frente estão a Índia (229,4 mil) e os EUA (157,9 mil), segundo dados da IDF (Federação Internacional de Diabetes, na sigla em inglês).

Apesar do resultado, os autores do estudo recomendam cautela e avisam que mais investigações ainda são necessárias.

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